
Foi no passado dia 14 de março que o novo álbum dos All Against viu a luz do dia. Straight Down to Hell segue as pisadas do seu antecessor, o que não é dizer pouco, pois the Day of Reckoning deixou muito boa impressão.
Quando a fórmula parece resultar, é sinal de que não se devem promover alterações, mas sim aproveitar para malhar no ferro enquanto ainda está quente. Talvez seja por isso que este novo trabalho não esteja muito distante temporalmente do anterior. Henrique Martins parece ter entrado na banda com o pé direito e estes oito novos temas confirmam-no.
Para os mais distraídos, algumas destas músicas já foram sendo apresentados em jeito de singles, tais como “Inner Mayhem” e “Nepotism”, por exemplo, e o quinteto lisboeta talvez não fique por aqui. Mantendo a tradição, temos também um tema cantado em português. Parece que a banda não abdica de colocar nos seus trabalhos uma malha cantada na nossa língua, desta vez, “Nação Valente e Imor(t)al”. Que me dizem do título para uma canção que procura fazer critica social? Todas as letras convidam à reflexão e é notório o esforço feito para conseguir que não sejam boas apenas instrumentalmente.
Straight Down to Hell é uma coleção de boas malhas que, com exceção da primeira, são todas de alta rotação. Na verdade, o início com o tema título parece mais uma apresentação para o que aí vem, um intro, se quiserem. Todos eles contam com os engenhosos solos de guitarra de Sérgio Correia e com os ritmos fortes de Bruno Romão, numa dupla que se complementa muito bem. Luís Silva e Ricardo Tito são os restantes elementos e nem precisam de grandes apresentações, devido também aos outros projetos onde se encontram inseridos.
A mudança de Editora parece ter sido a única alteração significativa neste novo trabalho dos All Against. Mais um passo em frente para este quinteto, que continua a oferecer-nos boas músicas de thrash metal, enquanto percorre o seu caminho de forma segura, agora na companhia da Raging Planet. Se the Day of Reckoning teve o condão de levar os All Against a pisar palcos interessantes, este Straight Down to Hell tem qualidade suficiente para continuar com essa merecida projeção. Para já, dia 3 de maio com os VIO-LENCE no RCA Club.
Nota: 8,6/10
Review por António Rodrigues