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Reportagem: Burnt Tapes e ContraSenso @ Tokyo, Cais do Sodré – 20.02.2025


A organização do evento prometia uma noite punk rock e foi a isso mesmo que assistimos. Aposta arriscada para um dia da semana, mas o facto de ser a estreia em Portugal dos Burnt Tapes, aliada aos sempre divertidos concertos dos ContraSenso foram motivos suficientes para convencer todos os que se dirigiram ao Tokyo nesta noite de quinta-feira.

Eram 22h20 quando o quarteto nacional deu início à sua atuação. Tendo como pano de fundo a capa do seu novo trabalho, Recomeço, a banda não se escusou a tocar “Mundo em Destroços” que é já single de avanço para esse E.P. a sair brevemente. Todo a atuação dos ContraSenso foi pautada pela habitual boa disposição, desta vez com Gonçalo a traduzir para inglês as introduções aos temas feitas por Daniel. Muito incentivo através da música é que os ContraSenso apregoam. “Cabeça Erguida” e “Reviravolta” são apenas alguns dos bons temas interpretados nesta noite que carregam consigo uma mensagem de força, sempre em bom português. Houve dedicatórias para os Burnt Tapes, para membros da própria banda e por fim ao público presente.

Os Burnt Tapes apresentaram-se em Portugal com um concerto simples, com alguma interação com o publico, suficiente para que ao final do segundo tema houvesse promessas de um retorno para breve. Com músicas simples, daquelas que dão vontade de acompanhar a banda de qualquer forma, quer seja cantando ou simplesmente abanando o corpo ao ritmo da batida dos Burnt Tapes, o quarteto foi interpretando os seus temas. “Mother” ficou no ouvido, logo seguida de “Little Sister”, que no original conta com Hannah Greenwood dos Creeper na voz (vão lá conferir, vale a pena). Os Burnt Tapes não escondem as suas influências e foi de forma natural que tocaram “I Don´t Wanna Be an Asshole Anymore”, original dos The Menzingers. O quarteto foi perguntando ao público se queria mais e de resposta afirmativa em resposta afirmativa chegámos a “Yuzi”, que foi o ponto final da atuação dos Burnt Tapes, não que sem antes tivesse havido os habituais agradecimentos, com destaque para a organização e também aos ContraSenso. Afinal, foi com os seus instrumentos que a banda de Londres atuou.
Promessa cumprida. Boa noite de música punk rock, para satisfação de todos os que marcaram presença na sala lisboeta.


Texto por António Rodrigues
Fotografia por André Carmo Azevedo
Agradecimentos: Infected Records