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Entrevista aos Wolfheart


Das frias costas finlandesas, o sétimo álbum de Wolfheart é lançado em setembro de 2024. 
Repleto de rápidos ritmos melodiosos e agressivas batidas, os temas de inverno e da Mãe Natureza são, uma vez mais, proeminentes na banda de death metal melódico.
Tuomas Saukkonen partilhou connosco algumas ideias sobre este próximo álbum, o que levou matilha a criar um álbum de metal mais sombrio e cru, e os próximos concertos para este ano. Além disso, o vocalista também cita as suas bandas favoritas, caso existisse um Big Four finlandês de Death Metal, onde os Wolfheart fariam parte do grupo.


M.I. - Primeiro álbum através da Reigning Phoenix Music. Qual a razão de escolha desta nova editora em vez de continuarem com a Napalm Records?

Já tínhamos 3 álbuns com a Napalm Records e não temos quaisquer reclamações de nada. É uma gravadora boa, todos são ótimos. Tenho também a minha outra banda (Before the Dawn) na qual continuo a trabalhar com a Napalm Records, mas para os Wolfheart temos apenas um contrato para 3 álbuns. 
Tivemos a liberdade para escolher outras opções, editoras diferentes e a Reigning Phoenix foi muito apelativa, é uma novidade, eles também têm um enorme elenco de bandas, como Kerry King, Meshuggah, Opeth e Amorphis. É também o nosso sétimo álbum. Precisávamos de ideias novas, de novas formas de fazer as coisas e é uma nova oportunidade que não deve ser desperdiçada.


M.I. - Se compararmos com King of the North (2022), o que podemos esperar de Draconian Darkness (2024)?

É mais sombrio e agressivo. Há um grande número de melodias, mas é definitivamente mais sombrio, pesado e os andamentos são muito mais altos. King of the North foi o nosso álbum mais mid-tempo. É mais próximo do nosso álbum de estreia, Winterborn (2013), e eu toquei bateria nesse álbum, mas este novo tem mais batidas explosivas. É um pouco semelhante a Tyhjyys (2017) e Constellation of the Black Light (2020).


M.I. - O single “Grave” foi filmado na costa finlandesa?

Foi filmado na Islândia. A Finlândia tem muita natureza linda, mas é demasiado bonita para gravar. É a segunda vez que vamos à Islândia e algumas vezes à Noruega também. A Finlândia é muito boa, de certa forma. Não temos montanhas e fiordes, e para certas músicas penso que às vezes precisamos de algo bastante majestoso e áspero para este tipo de música. Mais uma vez, a Finlândia é muito verde, tem muitos lagos e florestas e é um ótimo lugar para umas férias aconchegantes.


M.I. - Uma vez mais, o tema da natureza é bastante predominante na discografia dos Wolfheart. Isto está relacionado com as alterações climáticas?

É mais com a Mãe Natureza e a nossa relação com a natureza em si. Tento manter todas as questões ambientais de fora, porque isso leva-nos a uma posição política, e gostaria de evitar isso.
A nossa relação com a natureza, enquanto a história ou o futuro é uma ligação importante.


M.I. - Não é a primeira vez que colaboram com o Saku Moilanen, tanto em sessões musicais assim como nos Deep Noise Studios.

Nós já o conhecemos há cerca de 15 anos. Também trabalhei com ele na minha outra banda, Dawn of Solace, onde ele está a gravar um novo álbum agora e também em Before the Dawn. Ele também fez os álbuns anteriores dos Wolfheart.
Ele não é simplesmente um engenheiro. Ele faz parte do núcleo, um membro da equipa e podemos até dizer parte da matilha. Não o vejo apenas como uma pessoa a ser contratada para trabalhar, mas sim alguém muito especial para nós. O seu estúdio fica apenas a meia hora da nossa cidade natal.


M.I. - O artwork é fantástico. Quem criou o título do álbum, bem como o design da vossa capa?

Eu criei o título e executei também algumas diretrizes. Estamos a usar o mesmo tipo, Nikos Stavidrakis de VisionBlack e ele elabora todos as nossas capas de álbum, assim como em Dawn of Solace e Before the Dawn.
Depois de encontrar uma boa pessoa com quem trabalhar, geralmente gosto de ficar com ela. Porquê mudar de equipa vencedora? Acho que é bom para mim e para ele, e só nos conhecemos duas vezes, há anos atrás. Não passamos muito tempo juntos, moramos em países diferentes, mas a imaginação dele acrescenta uma nova camada à minha. Principalmente na temática de inverno, que para mim não tem nada de especial no inverno, temos todos os anos, mas para o Nikos não há inverno no país dele e ele é capaz de adicionar novos elementos e visões além das minhas diretrizes. Ele é um artista.


M.I. - Vocês estarão em tour pela Europa e também por Portugal! 

Todos os verões vamos a Portugal. Este ano estivemos no festival de metal Laurus Nobilis. Também vamos dar muitos concertos em Espanha, especialmente com os Moonspell e Dark Tranquility que serão os cabeças de cartaz. Gostamos de Portugal, adoramos tocar aí.


M.I. - Obrigado por falares connosco! Gostavas de partilhar alguma última mensagem com os nossos leitores?

Deem uma olhadela no novo single! Vai ficar disponível durante um tempo.

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Entrevista por André Neves