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Entrevista aos Kickin’ Valentina



Se gostam de bom e velho Rock'n'roll, então esta banda e este álbum chamado "Star Spangled Fist Fight" é para vocês. Foi lançado, via Mighty Music Records, este ano, mais precisamente a 19 de abril de 2024. Chris Taylor, baixista, falou sobre o processo deste disco, a curiosidade por trás do nome da banda, processo lírico e muito mais.

M.I. - Olá, rapazes. Obrigada por esta oportunidade de conversar convosco. Espero que estejam todos bem.

Obrigado por fazeres a entrevista. As coisas estão bem. Acabámos de chegar da nossa digressão europeia e tivemos um descanso muito necessário.


M.I. - A vossa história remonta a 2013. Podiam contar-nos um pouco sobre ela e como é que chegaram ao nome da banda.

Sim, a banda formou-se em 2013. O Jimmy e o Heber formaram a banda originalmente e eu fui o último a juntar-me. O nome veio de uma estrela pornográfica fetichista, chamada Valentina que dá pontapés nos tomates dos gajos. Não tenho a certeza se foi o Heber ou o Jimmy que conhecia o “trabalho” dela, (risos), mas o nome surgiu originalmente como uma piada e acabou por se manter.   


M.I. - "Star Spangled Fist Fight" foi lançado a 19 de abril de 2024, através da Mighty Music Records. Descreveste este disco como "cativante, com riffs indecentemente fortes e um ritmo sexy que é quase pornográfico". Conta-nos, por favor, como foi o processo lírico para este trabalho e também para a música.

Desde que o DK se juntou à banda, o processo de escrita é um pouco diferente dos nossos discos anteriores. 3 de nós moramos em Atlanta e o DK mora na Califórnia. Normalmente, o Heber ou eu temos um riff ou uma ideia de música e nós os três montamos em conjunto uma estrutura básica de música e enviamos para o DK. Ele dá-nos o seu feedback e nós enviamos as alterações que quisermos até todos estarem satisfeitos. O DK escreve todas as letras.  


M.I. - Vocês tocam Rock n'roll alto e sem desculpas, isso é muito notório nos vossos discos, mas especialmente neste, mais barulhento do que antes. Que influências trouxeram que foram deixadas para trás nos álbuns anteriores?

Este disco é definitivamente um pouco mais pesado do que o “Revenge of Rock”. Não sei, as nossas influências sempre estiveram presentes em todos os discos. Somos fãs de todos os tipos de Rock N’ Roll. Temos um núcleo de bandas de que todos gostamos, mas depois há coisas que trazemos individualmente, do Metal ao Punk ao Rock Melódico ao Pop ao Blues. Só tentamos misturar tudo para obter o nosso som. Às vezes, certas coisas saem mais do que outras. Eu sou um grande fã de Warrior Soul, Monster Magnet e The Cult. Pessoalmente, acho que há mais elementos musicais disso neste álbum.


M.I. - Dizes que o novo álbum é um pouco mais sem desculpas em comparação com o vosso lançamento anterior. O que é que isso significa?

Às vezes acho que temos uma visão diferente com tudo o que se passa à nossa volta a nível musical. Nós não nos preocupamos com as tendências ou com o que as outras bandas estão a fazer. Somos apenas 4 tipos que escrevem música de que gostamos e estamos felizes por termos os fãs que temos e que estar connosco. 


M.I. - Porque é que deram o nome ao álbum de "Star Spangled Fist Fight"? Quem inventou o nome e o título tem algum significado especial para vocês?

“SSFF” foi uma das primeiras músicas que escrevemos para o novo álbum. Quando chegou a altura de dar um nome ao álbum, toda a gente achou que soava bem e que podíamos fazer coisas visuais com ela. Para mim, pessoalmente, representa que somos uma banda de Rock americana que toca o estilo de Rock que fazemos e temos de lutar contra uma indústria que não entende isso. Os nossos fãs entendem, e é só isso que importa.  Os outros rapazes podem dar uma resposta diferente. (risos)!


M.I. - Quem fez a capa do álbum e que ideias deram para a mesma?

Foi um amigo nosso chamado Scozz que a fez. Ele também fez o desenho de “Revenge of Rock” e fez várias outras coisas para nós. Basicamente, dissemos-lhe que queríamos algo que parecesse agressivo e com atitude. Sabíamos que queríamos a bandeira americana incorporada com um punho e foi isso que ele fez.  


M.I. - Os fãs de bandas como os Guns n’ Roses e os AC/DC devem gostar da vossa música, no entanto acho que a vossa música está mais próxima dos Guns n’ Roses. Como descreveriam o vosso som e que tipo de música tocam os Kickin' Valentina?

Acho que o nosso som soa como Kickin’ Valentina. Nós somos definitivamente influenciados por bandas como os Gn’R, mas há muitas outras bandas pelas quais somos influenciados também. Eu ouço todas essas bandas e os jornalistas tentam inventar esses novos nomes de subgéneros para as coisas, mas no final do dia nós só tocamos Rock n’ Roll.  


M.I. - O disco foi novamente produzido por Andy Reilly, que já trabalhou com os UFO, Bruce Dickinson e Cradle of Filth e masterizado por Joel Wanasek. Que ideias é que eles trouxeram para melhorar o álbum e o vosso som?

Adoramos trabalhar com o Andy. Temos uma maneira antiga de escrever canções, mas queremos que elas tenham uma produção moderna. Ele tem uma forma de combinar esses dois mundos e manter a sensação de estar a tocar ao vivo. Faz com que soe cru e grande, mas demasiado produzido.


M.I. - A Might Music Records é uma editora discográfica espetacular com grandes artistas. Como é trabalhar com esta espetacular editora dinamarquesa?

Tem sido ótimo trabalhar com a Mighty Music. Sempre acreditaram no que fazemos e têm-nos apoiado muito.


M.I. - Já têm algumas datas europeias confirmadas. Vão acrescentar mais algumas, especialmente uma data em Portugal? E quanto aos EUA, vão fazer uma digressão por lá também?

Acabámos de chegar de uma digressão europeia de 7 países e vamos voltar ao Reino Unido e à Alemanha em setembro. Devemos anunciar algumas datas nos EUA em breve. Estamos prestes a começar a planear mais datas europeias para 2025. Gostaríamos muito de tocar em Portugal. Já falámos em tocar em alguns países onde nunca estivemos, por isso vamos ver o que acontece.   


M.I. - Obrigado por esta oportunidade de conversar convosco, rapazes. Muito obrigado por terem disponibilizado o vosso tempo para esta entrevista e por terem apresentado um álbum tão sólido como este!!! Têm alguma palavra de sabedoria para partilhar com os fãs e leitores portugueses em todo o mundo?

Mais uma vez, obrigado pela entrevista. Só quero agradecer a todos os nossos fãs em todo o mundo pelo vosso apoio. Não seríamos capazes de fazer nada disto sem eles. Continuem a partilhar a nossa música e a espalhar a palavra sobre os KV.  

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Entrevista por Raquel Miranda