Vai certamente permanecer na memória de todos os que presenciaram este magnifico concerto. Os Thirty Seconds to Mars trouxeram com eles tudo o que é necessário para um espetáculo destas dimensões, sem se esquecerem da habitual entrega em palco, que tanto os caracteriza. A dar início à noite, uns irreverentes Jagwar Twin, que cumpriram a função que lhes havia sido atribuída, a de aquecer o público para o que viria a seguir.

Quem conhece Jagwar Twin sabe que o artista por trás deste nome se chama Brandon Roy Wronski, que para além de vocalista, é também produtor musical ligado a projetos dentro do rock alternativo. Esta sua estreia em Portugal serviu para mostrar a versatilidade da sua música, através de alguns temas que, diga-se, embora mais “dançáveis”, conseguiram entreter uma sala do Meo Arena bastante cheia. Ficaram na retina “I Like to Party” e também “Bad Feeling (Oompa Loompa)”, com que se despediu.
Ao contrário do que seria expetável, não foi em cima do palco que os Thirty Seconds to Mars se deixaram ver pela primeira vez esta noite. Após uma exaustiva contagem decrescente a partir dos 90 segundos e que felizmente parou nos 30, a banda surgiu na bancada oposta ao palco e logo se percebeu que tinham o público na mão.

O trio regressou ao palco trazendo consigo uma bandeira portuguesa e uma cópia em vinil do mais recente álbum, It´s The End Of The World But It´s A Beautiful Day. Mais quatro temas neste encore, onde foi interpretado mais um tema ao vivo pela primeira vez, “Avalanche”, mas também “The Kill (Bury Me)” e “Closer to the Edge”, com o palco, uma vez mais, bastante preenchido por elementos escolhidos de entre o público.
Quer se goste mais, ou menos, da direção que a música dos Thirty Seconds to Mars está a tomar, o certo é que as suas atuações ao vivo são repletas de energia. Quem vai assistir sabe as letras de todos os temas e a legião de fãs não para de aumentar. Num espetáculo que também teve efeitos pirotécnicos, ficou feita a promessa de voltar em breve, quem sabe na cidade do Porto, dessa vez.
(ver mais fotografias do evento, aqui)
Texto por António Rodrigues
Fotografia por Paulo Jorge Pereira
Agradecimentos: Everything Is New