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Entrevista aos Apocalypse Conspiracy


De raízes algarvias e bem firmes, uma energia contagiante e vibrante, os Apocalypse Conspiracy vieram mesmo para partir a loiça toda! Esta banda de thrash metal algarvio está em ascensão e ninguém os pode parar agora! O Ano de 2023 foi o ano! Começaram os primeiros concertos fora do sul do país, lançaram o seu primeiro álbum, e têm sido reconhecidos pelo seu trabalho por algumas organizações promotoras do Metal como Metal Pedia, Caminhos Metálicos e Via Nocturna. Neste ano 2024 vão estrear-se no Laurus Nobilis Fest e continuam ativamente à procura de saciar o público sempre com temáticas inspiradas na realidade em que vivemos mundialmente, como corrupção, guerra e injustiças resultantes das escolhas do sistema político alertando-nos das suas consequências. Para quem ainda pensa que thrash é só barulho, ouçam os seus temas e vão perceber que conteúdo não lhes falta!

M.I. - Quais foram as principais influências que levaram à formação da banda?

Os Apocalypse Conspiracy apesar de iniciarem atividade em 2021, é um projeto que já vem de trás e que foi ganhando forma pela mão do Pedro e do Miguel.
Inicialmente como Divine Conspiracy, alguns dos temas e Riffs que estão presentes nas composições atuais foram compostos durante estes anos.


M.I. - Como funciona o processo de composição dentro da banda? Quem é o principal responsável pelas letras e música?

A nossa forma de trabalhar é bastante simples. Na maior parte dos casos surge uma ideia, ou na sala de ensaios ou em casa, que depois é desenvolvida e que irá dar origem a uma estrutura base que depois é trabalhada por todos na sala de ensaios. Quanto às letras são escritas pelo Pedro.


M.I. - E em relação ao artwork? Qual o artista e de onde vem a sua inspiração?

O nosso artwork é 100% “homemade” criado pelo Miguel. A capa do nosso álbum de estreia foi originalmente pintada em tela, dando depois origem à capa. Ambos os lyric videos, “Anonymous” e “Virus” também apresentam imagens desenhadas pelo Miguel. A inspiração está diretamente ligada às temáticas apresentadas e no estado caótico em que o mundo se encontra.


M.I. - Existe alguma uma mensagem específica que tentam transmitir através das vossas músicas e artwork? Se sim, qual é?

O artwork está diretamente relacionado com as temáticas e a mensagem por trás dos temas. Manipulação da opinião publica, os sistemas corruptos, a necessidade de lutar por algo, o caos mundial criado por uma classe política corrupta.


M.I. - Como é que vêm a cena do metal nacional atualmente? Existem algumas bandas novas que vos chamaram a atenção e/ou vos inspiram?

O metal nacional está bem vivo e recomenda-se, tanto a nível de bandas como a nível de eventos. A nível de bandas a escolha é enorme dentro dos mais variados estilos, e a qualidade independentemente do estilo, está altíssima e com níveis de profissionalização muito bons. Basta vermos o numero de bandas que saem do País para se promoverem internacionalmente. Quando antes isso era uma miragem hoje temos bandas nacionais a tocar na Europa, Asia, América e até em África. O que prova que a qualidade das bandas nacionais é altíssimo. A inspiração maior que temos neste momento é assistir a uma evolução brutal do estilo a nível nacional tanto a nível de bandas como a nível de eventos, e isso dá
nos motivação extra para trabalhar ainda mais.


M.I. - Neste momento consideram já ter alguma conquista específica que se destaque como um marco importante na trajetória da banda?

Neste momento podemos dizer que o convite para tocar no Laurus Nobilis em Famalicão, está no topo das nossas conquistas. Poder fazer parte do cartaz de um dos maiores festivais nacionais e este ano, mais uma vez, com cartaz de luxo é realmente um dos pontos altos da nossa curta história.


M.I. - Já conseguem notar alguma evolução sonora da banda desde o início até o momento atual? Se sim em que aspectos?

A evolução tem surgido de forma natural, e claro que neste momento sentimos muito mais coesão e confiança tanto ao vivo como na composição de novos temas. O facto de nos conhecermos melhor também ajuda para que tudo funcione de forma muito mais consistente.


M.I. - Que planos têm para o futuro? Já estão a trabalhar em novo material?

Os planos passam por tocar ao vivo, o nosso principal foco é esse, até porque para nós não faz sentido de outra forma. Quanto a novo material, já estão em andamento novos temas.


M.I. - Qual tem sido a aceitação em relação ao vosso álbum?

O álbum tem tido excelente aceitação, tanto a nível nacional como internacional. O que nos deixa extremamente satisfeitos e orgulhosos. Foi um processo muito trabalhoso mas gratificante. O facto de termos trabalhado com um produtor que exigiu de nós o máximo dos máximos fez com que este primeiro álbum superasse as nossas melhores expectativas. O resultado foi excelente e a critica tem comprovado isso mesmo.


M.I. - Que colaboração e/ou parceria seria para vocês um verdadeiro sonho por realizar?

Para já os nossos objetivos são tocar ao vivo, e fazer chegar o nosso trabalho ao maior numero de pessoas possível. Aproveitar as oportunidades tanto a nível nacional como internacional caso surja oportunidade. O nosso verdadeiro sonho para já passa por aqui.

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Entrevista por Clara Nunes