Um dos mais profícuos nomes do Underground nacional, senão o mais conceituado do espectro Doom, brindou também um dos espaços mais importantes para espetáculos, artes e gastronomia do Porto, com o seu poderoso espetáculo visual e auditivo, que a Invicta não esquecerá tão cedo.
Às dez da noite, começou a ouvir-se a música de fundo, a introdução do espetáculo. Gonçalo Correia, baterista, fez as honras da casa com as suas batidas poderosas e apresentou “Scars”, do álbum de 2022: “Slaves Beneath The Sun”. Este concerto serviu para apresentar um dos melhores álbuns do ano passado, que, sem dúvida, colocou a banda noutro patamar a nível evolutivo. Sem dúvida, uma excelente maneira de se começar o concerto. “Victims” foi a seguinte faixa do mesmo álbum. Voz poderosa de Hugo Santos, acompanhada pelos densos riffs da sua guitarra, por Nuno David e pelo baixo de Custódio Rato. Durante toda a música, o headbanging esteve presente. A próxima, “Fæmin”, do álbum com o mesmo nome, que data de 2012, surgiu. Este tema ao vivo foi fenomenal: várias linhas de baixo e de guitarra, tornaram-na um espetáculo envolvente, tendo demonstrado o potencial do seu Doom/Death e Sludge. A bateria também foi importante, tendo sido executada de forma exímia. Em “Breathe” tiveram o guitarrista e o baixista a cantarem os coros e rasgos energéticos de guitarras acompanharam a mesma. Sem dúvida, brindaram o público com uma das melhores composições do álbum. No fim desta, Hugo bateu palmas com os fãs que encheram a casa para presenciar a um dos melhores concertos dos últimos tempos na Invicta. “Hoax”, do álbum de 2017: “Black Heart”, foi o tema seguinte. Foi um dos temas com guitarras mais rápidas, contrastadas com elementos de Doom pelo meio. Gonçalo elogiou o público e também o espaço escolhido para o evento, o que culminou em palmas calorosas. A última faixa escolhida para encerrar o espetáculo foi “Host”, que comprovou ser uma boa escolha. Hugo agradeceu o apoio aos fãs por terem estado a apoiar a banda e os restantes membros, numa noite que foi de celebração dos 20 anos da reconhecido grupo eborense.
Sem dúvida que este foi um dos melhores concertos que o Porto teve o prazer de assistir em 2023.
Texto por Raquel Miranda
Fotografia por Tatiana Pinto
Agradecimentos: Maus Hábitos
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