Sem dúvida que a Invicta tem boas salas para concertos e o Woodstock 69 Rock bar é uma das que mereceu destaque para receber os Derrame, banda de Lisboa, donos de um Death Metal mais tradicional. Este concerto serviu para o grupo apresentar aos fãs portuenses o seu novo álbum, "Unveiling Pain", lançado este ano. Foi uma excelente oportunidade de rever a banda, já que a última visita ao Porto data de 2017, no Metal Point. No fim do evento, houve um sorteio do álbum de estreia, “Unveiling Pain”, seguido de after party, com os DJ’s Conde Ferreira e Bulldozer.
As portas do bar abriram às 21h00 e o concerto começou às 22h30, com uma casa muito bem preenchida. Os integrantes subiram para o palco e os acordes da primeira música começaram a ouvir-se: “Necro Messiah” é uma música poderosa, com riffs de alto calibre de ‘Nigel’ e ‘NecroDeathMortum’. A voz poderosa de ‘Carpathian Wolf’ foi um dos destaques, naquele que seria o primeiro "aperitivo", extraído do primeiro longa duração do grupo. O vocalista, no fim deste tema, saudou o público com um enorme sorriso no rosto e referiu que a banda lisboeta já não visitava o Norte há 6 anos. Após fortes aplausos, foram executadas ‘Tormentor’ e ‘NecroDeathMortum’, onde a interação do coletivo com o público aliada à enérgica presença em palco, foram a chave para uma sessão de headbanging de meter inveja a qualquer um. Após "Corroded", o vocalista agradeceu aos fãs por estarem presentes e perguntou se se estavam a divertir, pois o grupo também estava. No Woodstock 69 bar, era notória a ânsia por mais música e os Derrame atenderam ao pedido, tendo continuado com o espetáculo. O vocalista apresentou a seguinte faixa, “Pro Dolor”, um tema fortíssimo que o mesmo categorizou, ironicamente, como sendo uma balada. "War Inception", a faixa com a mensagem mais forte e direta do álbum, foi o tema seguinte. Para surpresa de todos, o vocalista desceu do palco e juntou-se à plateia para participar nas festividades. A execução exímia e a presença bruta em palco, fez com que “Chaos In Earth”, obtivesse uma das melhores reações da noite. Com a aproximação do fim do espetáculo - devidamente anunciado por Carpathian Wolf - o público não demonstrou qualquer sinal de cansaço, tendo arrancado o moshpit mais intenso da noite em “Crawl To Die” e “Holocausto Atómico. Quando o último acorde de “Holocausto Atómico” foi ouvido, os fãs não queriam arredar pé e pediram mais uma música: foi então a vez de “Bloodcurse”.
Uma excelente noite de sábado, com uma brilhante banda que tem muito para oferecer.
Reportagem por Raquel Miranda
Agradecimentos: Chaotic Therapy