A crença no sucesso de um evento com as dimensões de um Estrelas Metal Fest fez com que os seus promotores decidissem avançar com este warm-up. O cartaz do evento principal, que conta com nomes sonantes do nosso underground, deixa antever uma verdadeira tarde/noite de festa, mas essa começou mesmo nesta sexta, com a presença dos Malade e dos Rageful.
Os Malade subiram ao palco pouco depois das 22h00 para uma atuação muito segura. Foram 35 minutos de um pós death metal que agradou deveras a quem assistiu e que alternou temas cantados em inglês, com outros cantados em português. “Homilia”, o mais recente single da banda lisboeta não faltou no alinhamento para esta noite, onde pudemos contar ainda com um punhado de temas fortes, onde, em alguns deles, o baixo ganha uma posição de verdadeiro destaque. Uma palavra para o vocalista Ricardo Nunes que possui uma voz forte e que encaixa perfeitamente no som dos Malade. “Morbus Sine Fine” encerrou a atuação desta noite.
É certo e sabido que os Rageful não perdem uma oportunidade para estar em palco a mostrar a sua música. Este warm-up revelou-se perfeito para isso mesmo, visto que eles são praticamente uma banda da casa. Sabendo da necessidade de inovar os seus espetáculos, os Rageful começaram recentemente a interpretar novos temas nas suas atuações. O próximo trabalho – desta vez um EP -, está para breve e eles adiantaram já “Pay To Breath” e “Apathy”, dois temas fortes, dignos sucessores dos que se encontram no seu álbum de estreia, Ineptitude.
Ultrapassados os problemas de som que incomodaram durante o início da sua atuação, os Rageful partiram para um concerto enérgico, à semelhança do que costumam oferecer ao público que os segue. “Feed the Pigs”, “Unsocial Network” são obrigatórias, assim como “Whispering Rage”, primeiro tema composto pela banda. O guitarrista Tiago Rocha confere algum sangue novo aos Rageful e isso reflete-se em palco, sendo um elemento que encaixou muito bem na sonoridade death metal do grupo lisboeta. O ponto final deste concerto foi dado com “Portugal the Torch” e havia quem pedisse mais.
Um warm-up que cumpriu o seu propósito, deixando todos os que assistiram bastante expetantes para o prato principal, o festival do dia seguinte.
Texto por António Rodrigues
Fotografias por Sabena Costa
Agradecimentos: Hollywood Spot