Foi sem dúvida alguma uma noite muito especial para a banda lisboeta. Os motivos para este concerto passavam por celebrar os seus sete anos de existência, mas sobretudo dar a conhecer o seu mais recente trabalho, o EP Esquecimento Global, que tinha sido colocado à venda no dia anterior. Mas os Lustro foram mais além, muito mais além.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRP5A0scOR8m1Pha_ulQ4WhXhXxzZl2rWjEGI3DhOjeh3uwVRyXRaray23VRajpOfmmzfWiwJD3vtgDbJka4balsduJ0w9xYZLeGYDY3WNOltCnEONAvTwt_eoVgAWvXqqnEqY_6j2T2gMT6Yy_ec9-a5s2cioTZJfvFhT6M4kMbCO4zb7D5N-5_M36GdB/w237-h354/JPN_7771.jpg)
Para dar a conhecer a história da banda em retrospetiva, pareceu boa ideia fazê-lo também através de vídeos, nomeadamente os três clips que a banda gravou ao longo do tempo. Eles passaram numa tela colocada ao fundo do palco enquanto algumas pessoas ainda se iam sentando. Recordo que não havia banda de abertura e tempo era algo que não faltava aos Lustro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO6m4YG3preNw8oT6C4cyN15CDk7qtS_HgliWbxyDPWuhN162P3bQOAoplWL7SLMqZae1Zs6B9xFvtGnNjkIh_Hf8pPVfyhSwBr8-rPda0s4lqtTVhxM76gOr9dU7Z600LJyJnOVt21j_2pHuIgAauLq6kfM9DNiodb8b6uioXQOJqPN9V8-9RZlSkKIs-/w252-h377/JPN_8074.jpg)
Eram já 22h30 quando a banda entrou em palco sobre fortes aplausos, arrancando com um tema instrumental que “colou” muito bem ao seguinte, “O Meu Nome É Ninguém”. Era visível que os Lustro estavam a tocar para amigos. Não só aqueles que o são de coração, mas também aqueles que se identificam com o seu rock, cantado em português, passando assim a pertencer também à família Lustro. Era este o ambiente na sala. Depois de “Falas Demais”, foi convidada a subir ao palco Sofia Mendes, radialista da Sesimbra FM que por três vezes se juntou aos músicos para lhes colocar algumas questões relacionadas com a banda, os temas e também os convidados para aquela noite.
O primeiro foi o guitarrista Tó Pica. Amigo de longa data, foi de forma natural que partilhou o palco nos temas “Quase Imperfeito” e “O Que Eu Mais Dizia”, este último extraído de Esquecimento Global, tal como “Linguagem Corporal”, que também já havia sido interpretada anteriormente. Seguiram-se mais convidados. Desta vez David Jerónimo que para além de ter produzido este EP, se juntou à banda para tocar bateria no tema “Marioneta”. O ambiente na sala continuava fantástico e quem lá esteve pode assistir à interpretação de “Insónia”, algo que apenas tinha acontecido uma vez.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2VY-0v3ZXn_ytPNKbYetWt9gfnUBQoC3xET8XMw9KJqE1RUne6lKj0b75bRv15fDCOalQKr6pRgL0aPkT84RlIsW8CDDjNADhwGdPl-2Cwk1vzRLTbqbTUydMWasUYc1_H5-I2AExjibcuZVwK17CA1IVwzgf7xGd7SqkQNVAYJ31TlVLQdAsRwZXxrPY/w400-h268/JPN_7720.jpg)
O último convidado para este concerto foi o João Guincho. O conhecido guitarrista dos Dapunksportif aceitou o convite para tocar ao vivo com a banda o tema “Vida”, que era aquele que ainda faltava apresentar de Esquecimento Global. Referir apenas que o original desta música conta com a participação de Paulo de Carvalho. Após “Linha Vermelha” os Lustro deixaram o palco, agradecendo e despedindo-se do público. Não demorou muito para que voltassem. Todos os presentes chamaram pela banda e Paulo Pereira, Rui Gomes, Mike Ferreira e Pedro da Costa voltaram aos seus instrumentos para tocarem “Peso Morto”. Logo de seguida, foi pedido a todos os artistas convidados para aquela noite que subissem novamente ao palco. Havia ainda uma surpresa. Esta era o tema “Cairo”, original dos Táxi, que teve direito a uma versão longa que encerrou duas horas de um espetáculo muito interessante, proporcionadas por uma banda simpática, competente e divertida.
Foi um prazer enorme poder participar nesta festa de lançamento.
Texto por António Rodrigues
Fotografia por Joao Paulo Neves
Agradecimentos: Lustro