Tal como no dia anterior, o terceiro dia do Lisbon Tattoo Rock Fest abriu as portas ao público por volta das 11h. Eram 12h quando Alexandra Silvestre iniciou a sua palestra sobre a Agulha Americana e o Cateter e meia hora depois abriram as inscrições para o concurso de tatuagens.
Às 17h30 foi apresentado o livro “A História do Rock – Para Pais Fanáticos e Filhos com Punkada”, da autoria de Rita Nabais e ilustração por Joana Raimundo. A apresentação ficou a cargo de Nuno Calado (Antena 3).
Por volta das 18h, o mesmo Nuno Calado juntou-se às Noise Dolls Club (Helena Andrade e Patrícia Ameixial) para o DJ Set “Meia Nuno Calado + Noise Dolls Club”. Seguiu-se o concurso de tatuagens e começavam a aquecer-se os motores para aquele que foi o dia mais concorrido do festival até ao momento. Na sala 2 do LAV- Lisboa ao Vivo, os Dr. Frankestein preparavam-se para iniciar a sua sessão de “medicina alternativa”.
E são esses mesmos Dr. Frankenstein que deram o pontapé de saída aos concertos desse dia e brindaram o público com uma atuação que cumpriu os requisitos e deixou muito boas impressões a todos aqueles que ainda não conheciam a banda. Um projeto lisboeta de surf-punk formado em 1994 e composto por músicos que fazem mesmo muito (!!!) recurso ao instrumental. O microfone serviu principalmente para comunicar com o público e este esteve à altura da banda liderada por André Joaquim.
Seguiram-se os Misconduct que trouxeram o seu punk rock melódico a Lisboa para animar ainda mais o serão daqueles que se encontravam presentes no recinto. A banda já havia participado em alguns principais festivais europeus e a sua atuação deixou água na boca para um eventual regresso a Portugal.
Para o fim ficou aquele que, foi o melhor concerto do evento até ao momento (o de Worst também foi excelente, mas o concerto de Parkinsons teve outra “magia”). Passava um pouco das 23h quando os The Parkinsons iniciaram a sua atuação. A banda arrasta os seus seguidores para onde quer que vão e este dia 7 de outubro não foi exceção. O ritmo é eletrizante, hipnotizante e inconscientemente coloca qualquer pessoa que se encontre nas redondezas de olhos fixos no palco e todos os músculos do corpo a mexerem-se ao ritmo das suas músicas.
Uma banda que está em constante contacto com o público, seja ao microfone, seja quando o (muito irrequieto) vocalista desceu do palco para passear pela sala levantado pelo público e quando ainda os desafiou para uma espécie de wall of death. Se o concerto e o evento estavam agendados para encerrar às 00h, nem a banda, nem o público queriam que o espetáculo terminasse e acabou por se arrastar um pouco para lá da hora. Acredito que se não fosse a questão das licenças e ter de se cumprir horários, os The Parkinsons ainda estivessem a tocar à hora que escrevo este texto.
Tanto os fãs dedicados das bandas quanto aqueles que não as conheciam ou não estavam muito familiarizados com sua música saíram do evento com um sorriso rasgado e uma vontade enorme de “mergulhar” ainda mais nas suas discografias.
E sobre esse mesmo público, era facilmente notável que este terceiro dia foi aquele que arrastou mais gente para o Lisbon Tattoo Rock Fest e consequentemente para a Sala 2, onde se realizaram os concertos. Para o último dia do evento ficou reservada uma boa dose de brutalidade: seguiam-se os Carcass, Besta e Grindead num concerto que prometia mandar de vez o LAV – Lisboa ao Vivo abaixo.
Texto por Ricardo Moita
Fotografia por Ana Carvalho
Agradecimentos: HellXis Agency