Iniciou-se ontem – 5 de outubro – a edição de 2023 do Lisbon Tattoo Rock Fest. Eram 14 horas quando as portas do LAV – Lisboa Ao Vivo se abriram para dar início às inscrições para os concursos de tatuagem e para os primeiros workshops e apresentações.
Às 16h30 foi apresentado o livro “Infames – Uma História de Mata Ratos”, da autoria de Gustavo Lopes Pereira e com apresentação de Ana Cristina Ferrão e as participações de Miguel Newton (Mata Ratos) e João Pedro Almendra (Kú de Judas, Peste e Sida). Trata-se de uma reportagem fotográfica feita pelo autor em todos os concertos dados pela banda durante o ano de 2022 – ano em que a lendária banda celebrou os seus 40 anos de atividade.
Eram 18h quando começaram os espetáculos musicais. No andar de cima do edifício, as Noise Dolls Club animavam o pessoal com o seu DJ Set e na sala ao lado começavam a ouvir-se os primeiros acordes dos BØW, que iniciariam o seu concerto às 18h30.
Com um público fiel e rendido ao talento da banda de Santa Cruz, os BØW aqueceram ainda mais a sala 1 do LAV – Lisboa Ao Vivo com o seu wild west punk hardcore. Uma atuação a incidir principalmente no álbum “Infectious Salty Assault”. Um concerto rápido, mas muito eficiente. A maneira perfeita de começar a leva de concertos que acontecerá durante todo o festival.
Seguiram-se os Patrulha do Purgatório, banda algarvia que dispensa qualquer tipo de apresentações. Liderada por Miguel Newton e com a companhia de Hugo Conim e Toni Cagaita, os Patrulha fizeram aquilo a que sempre acostumaram os seus seguidores: uma sessão de recrutamento onde só o mais forte sobrevive! O público respondeu muito bem e temas como “A Patrulha é a Salvação” e “Li no Correio da Manhã” fizeram parte de uma setlist que percorreu toda a discografia da banda.
Para o fim ficaram os Diabolical Mental State. Com uma nova formação (Peralta, na bateria e Gonçalo, na voz, são as novidades), a banda não vacilou e os cinco músicos tiveram uma atuação muito sólida e repleta de energia, muito à imagem daquilo que a banda já nos habituou.
Se as bandas e as Noise Dolls Club estiveram muito bem a entreter os presentes, o público não quis desiludir e respondeu muito bem aos apelos. Uma menção especial também às pessoas do staff com quem me fui cruzando e trocando algumas impressões, pois todas foram incrivelmente (!!!) prestáveis e simpáticas.
Hoje, começa o segundo dia do evento e o Hardcore é quem manda! Às 22h as Noise Dolls Club vão novamente abrir a pista, desta vez para os Crab Monsters (que têm o lançamento do seu próximo álbum já ai à porta), os brasileiros Worst (o público português há muito que pedia um regresso e aqui está ele) e os Devil In Me (nome incontornável do cenário hardcore nacional e internacional) completarem o cartaz do dia 6.
Texto por Ricardo Moita
Agradecimentos: HellXis Agency