No entanto, quando o tema atinge a segunda metade, acabamos por ter um momento em que parece ser invocado o registo de Scott Carlson quando colaborou nos Church of Misery no excelente …And Then There Were None, e o peso da bateria também ajuda a estabelecer uma ponte com esse álbum. Por fim, temos a presença do piano que torna o tema mais negro e misterioso.
O peso dos Phantom Druid neste novo álbum de originais é quase meditativo, e os samples no final do tema inicial preparam-nos para o que virá a seguir: o riff de “The Symbolist”, que recorda o riff de “Heaven is Gone” dos Seventh Void de Kenny Hickey e Johnny Kelly (ex-Type O Negative). Não há pressa aqui, apenas peso e feedback. A bateria de Bob Bagchus por vezes soa como se estivesse a ser gravada numa caverna, tal é o eco produzido.
O instrumental “Covered in November Colors” começa com um riff lento e pesado carregado de feedback, invocando mais uma vez a atmosfera meditativa do primeiro tema, e que com a guitarra num solo com som limpo. O último tema, “The Green Dream”, começa com um interessante solo de guitarra, que antecede a entrada da voz. A guitarra solo continua após a voz, seguindo-se um pesado breakdown. O ambiente reverte para os já referidos Seventh Void, mas também para os A Pale Horse Named Death (a voz aqui relembra a de Sal Abruscato, também ex-Type O Negative).
A atmosfera em The Inner Landscapes of Death é reflectida na perfeição no artwork da capa do álbum, uma paisagem deserta, um cenário pós-apocalíptico que o ouvinte está agora a contemplar. É um disco pesado e directo, mas também envolvente e curto, o que ajuda a ouvi-lo repetidas vezes e a nos imergimos na sua negritude as vezes que quisermos. O som dos Phantom Druid tem aqui um caminho traçado e poderá vir a tornar-se ainda mais definido em futuros lançamentos, dado que este é apenas o seu segundo álbum.
Nota: 7/10
Review por Raúl Avelar