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Outergods – “A Kingdom Built upon the Wreckage of Heaven” review


É fácil ter certas expectativas quando se decide fazer uma pequena investigação na web antes de ter o primeiro contacto com uma banda nova. Categorizados como “Black Metal/Grindcore”, os Outergods estão muito mais próximos de um Death Metal envolto numa aura bastante sinistra e com vocalizações de grindcore e isso não é de todo impeditivo de apreciar o que a banda faz, assim como não o é o facto de vários membros fazerem parte do projeto cómico de grind Raised By Owls e Outergods ser algo completamente diferente.
Como álbum debutante, “A Kingdom Built upon the Wreckage of Heaven” entra com toda a agressividade in your face muito típica do Grindcore, mas traz também em si bastante atmosfera, a qual já mencionei ser “sinistra” mas igualmente caótica, sendo que muitas das partes acabam por roçar o cacofónico. Por outro lado, o groove das guitarras nos riffs traz um equilibrio agradável quando junto da gritaria (não no mau sentido) e do caos que os outros elementos musicais geram, o que torna a sonoridade da banda interessante e, a melhor parte, é que isso pode ser ouvido em todos os temas deste álbum.
Por outro lado, para quem não achar isto a mais sublime encarnação de música, depressa vai constatar que todas as faixas (tirando um instrumental que aparece a meio do álbum) são demasiado semelhantes para o seu próprio bem, e aquilo que parecia uma ideia interessante nos primeiro dois temas, torna-se desnecessariamente repetitivo e estamos apenas a considerar 34 minutos de disco. Acaba por ser fácil encontrar parecido e melhor: quem prefere a parte da atmosfera negra e opressiva pode encontrá-la em Chethe’ilist e quem prefere a parte mais death metal, Cosmic Putrefaction é uma banda que merece uma audição.

Em conclusão, os Outergods até têm uma sonoridade interessante que podia ter feito deste álbum algo mais forte do que aquilo que realmente é, no entanto, prova igualmente o potencial que a banda tem e talvez, num lançamento futuro, a banda prove realmente que consegue ir mais além. 

Nota: 6.7/10

Review por Tiago Neves