Somos atingidos diretamente pela “I.Y.F.F.”, ao colocarmos o disco a rodar, ou ao carregarmos no play da aplicação de streaming. Poderosa, rápida, catchy, thrashy, esta música é para mim um ponto alto deste full-length. Começar assim um disco é bom, mas coloca logo de início, as expetativas a um nível bastante elevado.
“Rise… Then Rest”, que seria a title track da gravação original deste álbum, segue a energia já conhecida deste grupo, que nunca falha em criar riffs catchy, em “soltar” vocais ríspidos apropriados para a ocasião e em criar o ambiente que se quer no Thrash.
“BRING ´EM TO THE PIT, WE WON´T STOP UNTIL YOU BLEED!”: É o que ouvimos naquela que é a faixa mais “punk”, mesmo sem perder a sua essência thrash. E que tema. Uma tremenda bomba de riffs, solos e coros. Fica no ouvido, puxa aquela “moshada” e é facilmente a melhor escolha do álbum, caso a banda queira que os seus fãs cantem em uníssono.
Este trabalho dos Crisix, aquando a sua gravação original era já, a meu ver, um dos seus melhores e ganhou ainda mais pontos com esta regravação. Todos os temas são fortes e em conjunto formam um disco bem consolidado.
Acho ainda importante destacar a “Frieza the Tyrant”, que se inicia de forma suave e épica e estende-se de uma forma um pouco diferente do resto dos temas do álbum até ao seu refrão. Não deixo despercebidas as referências à personagem de Dragon Ball, que também se encontram na nova cover deste álbum.
“Army of Darkness” e “One By One” foram as tracks selecionadas pelo agrupamento catalão para ganharem videoclipes, apesar de “I.Y.F.F.” ter tido a honra de ter um lyric vídeo.
No fundo, é um álbum de Crisix que já existia e já era excelente na sua forma existente. Sou um fã deste álbum, mas não posso negar que não existem diferenças significativas entre as gravações. São distinguíveis? São! Este álbum devia ter sido regravado? Não! Contudo, a minha avaliação resumir-se-á ao seu conteúdo musical e não quanto ao facto de ser uma regravação.
Nota: 7.8/10
Review por Duarte Bernardo