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Opeth: o dia em que Mikael Åkerfeldt ofereceu um álbum à sua editora para poder lançar "Deliverance" e "Damnation"

Se os fãs bem se recordam, os Opeth decidiram prosseguir por caminhos mais experimentais no início do milénio aquando do lançamento do álbum "Deliverance" em 2002 e "Damnation" em 2003, lançamentos esses que não foram fáceis de executar, pois a banda de Estocolmo teve de ceder, mais concretamente ceder matéria prima, ou seja, um álbum gratuito. O líder Mikael Åkerfeldt explica:

"Eu queria definitivamente que fosse um disco dos Opeth. Não sentíamos que se passava muita coisa em torno da banda antes do "Blackwater Park". Estávamos ativos, mas não andávamos em digressão ou tínhamos muita coisa a nosso favor. De repente tudo mudou. Nós tomámos consciência do facto das pessoas saberem quem éramos. Eu tive a ideia de gravar dois discos: um pesado e outro mais baladeiro e calmo.

"Eu sempre quis gravar um álbum mais descontraído, mas ao mesmo tempo nunca imaginei que isso pudesse acontecer, por isso apresentei a ideia de lançar os dois em conjunto e a resposta da nossa editora na altura foi negativa. Eu pedi que se fizessem alguns ajustes no nosso contrato: uma página adicional referindo que gravaríamos os dois pelo preço de um, contando como um único álbum.

"Era a prova do quanto eu queria fazer isso! E é óbvio que eles aceitaram. É uma péssima ideia para uma banda, já que fica à mercê da editora ao dar-lhes um lançamento extra de graça - e eles insistiram em datas de lançamento separadas – mas foi assim que obtivemos luz verde."

Por: Bruno Porta Nova - 01 setembro 23