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Crab Monsters - "Shovel Headshot" Review


"Shovel Headshot" é o nome do novo álbum dos Crab Monsters. Trata-se do terceiro álbum de originais da banda e sucede a High on Guts (2019) e Piss Wizard (2021) - ambos já haviam colecionado uma porrada de elogios e catapultado a banda para patamares de excelência. 

Já tínhamos tido um cheirinho do álbum com o vídeo do primeiro single "Permanent Purge", que é também a faixa que abre as hostilidades do álbum. O vídeo foi feito com recurso a imagens gravadas durante a atuação da banda na sala La Trinchera, em Madrid. E só por aqui já vemos aquilo que nos espera. Podemos afirmar que "Shovel Headshot" é uma espécie de purga que nos limpará os ouvidos de música banal. 

Confesso-me um grande admirador da banda e já o havia afirmado à boca cheia nos anteriores álbuns, mas "Shovel Headshot" será sem dúvida um dos melhores álbuns lançados em Portugal nos últimos e nos próximos anos. 

O Granada é um autêntico monstro em palco e isso é facilmente perceptível quando se ouve um álbum da banda e em "Shovel Headshot" nota-se que a sua confiança atingiu um patamar que o coloca entre os melhores vocalistas que aí andam. As cordas conseguem variar entre ritmos de crossover, punk hardcore e até riffs de metal numa harmonia tão grande com a bateria que faixas como "Shit Division - Sick Fuck", "Shovel Headshot", What Was Needed" e "Shit Spit" se tornam imediatamente obrigatórias em todo o tipo de playlist. Vitor Torpedo e Pedro Calhau são os responsáveis!

Gostaria de deixar uma menção para a faixa "New Wave Depression" que considero ser a mais catchy do álbum. Tudo nesta faixa é bom e tudo nela mostra o quanto a banda gosta e se empenha naquilo que faz! E outra para a faixa "Feed On Violence OCD" que remete tanto para aquele horror punk dos 80's alimentado a bebidas energéticas! E o álbum termina de uma maneira perfeita, em clima de festa, todos num bar, cerveja na mão e a vida é bela! Porque os Crab Monsters são isso. "I Hate Common Sense" é daquelas faixas que acredito que se oiça muitas vezes no final dos concertos da banda. 

Um álbum curto (são 13 faixas e a mais longa deve andar nos 3 minutos) e rápido (f#ucking awsome punk hardcore a 300km/h) que comprova o porquê de a banda ser uma das mais requisitadas atualmente no panorama nacional. A gravação e produção ficou a cargo de Carlos Rocha, no EyeBall Studios e a arte é de Alexandre Bacala.

Nota: 8.5/10

Review por Ricardo Moita