São 7 temas multifacetados e um pequeno interlúdio para ser mais preciso, sendo que desses temas 2 têm 11 minutos de duração. Uma das inspirações para a criação deste disco foi a audição de bandas sonoras, daí denotar-se uma forte componente visual e expressiva nas faixas.
As vocalizações vão desde gritos de angústia, passando por guturais obscuros, e acabando em coros quase angelicais. Nenhum destes temas é monocórdico podendo passar por ritmos agressivos de pedal duplo, alternando com passagens melódicas, solos de fino recorte técnico, riffs de power metal, ou cadencias à thrash metal e até bastantes toques de rock progressivo.
Um disco que acaba por conseguir integrar as influências supracitadas sem parecer confuso ou impreciso. Para esse facto contribui de sobremaneira a produção de Joe Duplantier dos Godjira que os convidou para gravarem no seu estúdio em Nova Iorque e também a mistura a cargo do lendário Ted Jansen.
Um reparo final para a capa do disco que nos mostra uma onda girante em tons de sépia, como que a demonstrar que esta força da natureza vai levar tudo no seu caminho, incluindo a dor e desespero que são evidenciados por estes intérpretes.
E pelo menos para mim quando acabei de ouvir o disco, senti que esta festa da tristeza teve um efeito catártico.
Nota: 7/10
Review por Nuno Babo
