As alegações de natureza sexual que envolviam Till Lindemann, o famoso vocalista da icónica banda alemã Rammstein, foram oficialmente arquivadas pelas autoridades alemãs.
O inquérito, que havia sido instaurado pelo Ministério Público de Berlim no passado mês de junho, em relação a supostos crimes sexuais e posse de substâncias ilícitas, foi agora encerrado devido à alegada ausência de provas consistentes.
Diversos testemunhos surgiram durante o verão, quando várias mulheres alegaram terem sido convidadas para festas privadas após espetáculos da banda, alegando terem sido sujeitas a avanços indesejados por parte de Lindemann, que conta com 60 anos de idade.
O cantor sempre refutou de forma veemente tais alegações, contando com o apoio incondicional dos seus advogados que as classificaram como "totalmente infundadas". Apesar disso, a equipa jurídica do artista já havia comunicado a sua intenção de tomar medidas legais para contrapor as acusações.
A controvérsia teve início quando uma jovem fã de 24 anos, proveniente da Irlanda do Norte, usou as redes sociais para relatar ter sido alvo de droga e de um pedido de casamento por parte de Lindemann durante uma festa privada nos bastidores, realizada em Vilnius.
Depois disso, emergiram nas redes sociais várias histórias semelhantes, onde várias mulheres partilharam relatos comparáveis de encontros desconfortáveis.
Além disso, as instalações da banda em Berlim foram vandalizadas na sequência das alegações, com as autoridades a confirmarem que foram partidas janelas e foram feitas pinturas de graffiti nas instalações. Um destes graffiti transmitia a mensagem "No stage for perpetrators" (Sem palco para agressores).
No passado mês de julho, antes dos concertos da banda em Berlim como parte da sua digressão, uma petição intitulada "No Stage for Rammstein" recolheu mais de 75 mil assinaturas, exigindo a proibição das atuações da banda. No entanto, os espetáculos decorreram como planeado, com o senador da Cultura de Berlim, Joe Chialo, a enfatizar que, embora estivesse solidário com as presumíveis vítimas, não existiam fundamentos legais para proibir os espetáculos.
Por: Mário Santos Rodrigues - 29 agosto 23