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Daniel Erlandsson (Arch Enemy, ex- Carcass, ex-Brujeria) abre o coração e admite lidar constantemente com inseguranças na sua performance musical

Ser um músico talentoso não é garantia de escapar à sombra das dúvidas. Daniel Erlandsson, baterista da banda de death metal melódico Arch Enemy, revelou numa recente entrevista à Drumtalk que a sua autoconfiança nem sempre está no auge quando sob os holofotes.

Erlandsson confessou que mesmo após anos de experiência e inúmeras atuações, ainda se questiona sobre a sua habilidade musical. "É algo contínuo. Não desaparece simplesmente. Estamos agora em digressão, com cerca de 30 espetáculos. A maioria tem corrido bem, mas de tempos a tempos surge uma noite em que nada parece sair como deveria. Pelo menos, é o que sinto na minha mente", admitiu. Apesar disso, ele ressaltou que o público muitas vezes não percebe essas inseguranças. "Na verdade, eles provavelmente nem notam que estou a ter uma noite mais difícil", disse Erlandsson.

O baterista aconselha a confiar no processo e a não se deixar dominar pelo desânimo. "Em estúdio, é outra história. Quando coloco a minha bateria sob um escrutínio minucioso, também surge muita dúvida. Mas, a esta altura, já toquei em diversos álbuns e anos de experiência em palco, e temos de compreender que, se não soa terrível, provavelmente está bom."

Para Erlandsson, superar uma má atuação é crucial para manter o seu jogo musical no topo. "Assim como em qualquer desporto, se começas mal, é essencial ultrapassar isso. Caso contrário, vais continuar a prejudicar-te e a tua performance vai deteriorar-se. A mesma lógica aplica-se a um espetáculo. Se não ultrapassares as dificuldades, podes ficar preso num ciclo negativo e cometer mais erros. Claro, é mais fácil dizer do que fazer, mas é fundamental."


Por: Mário Santos Rodrigues - 28 agosto 23