O guitarrista dos Testament, Alex Skolnick, partilhou a sua visão sobre o papel da inteligência artificial na música. Numa conversa recente concedida à Ultimate Guitar, Skolnick argumentou que a música pop está mais propensa a ser afetada pela IA do que a música de guitarra. Ele apontou para a natureza mecânica da música pop, que se alinha com a capacidade da IA de seguir padrões predefinidos, enquanto destacou a improvisação e o toque humano na música de guitarra como aspetos desafiadores para a tecnologia atual.
O músico disse o seguinte à Ultimate Guitar: "Essa é uma tecnologia muito recente e ainda está para se ver como isso afeta a música e a indústria musical como um todo. É um pouco assustador de certa forma, mas como alguém que faz muita música improvisacional, mesmo sendo mais conhecido pelo meu trabalho a tocar heavy metal, eu sei que a música improvisacional é muito difícil de replicar. Não consigo imaginar a IA a fazer o que fazemos como músicos ao vivo, tocando em conjunto e dando o toque humano à música. Consigo compreender isso com outros tipos de música."
"Não tenho a certeza de que resultasse para o heavy metal. Imagino que para alguns tipos de heavy metal... Tenho a certeza de que a IA poderia criar um riff, criar algo que soasse como Judas Priest ou algo do género, mas não sei o quão convincente isso seria," acrescentou Skolnick. "Sei que funcionou com alguma música pop mais recente, como Drake e The Weekend, mas essa música é bastante mecânica desde o início. Por isso, para mim, esse tipo de música está em muito maior perigo do que a música de guitarra, pelo menos por agora."
Por: Mário Santos Rodrigues - 28 agosto 23