Um nome de referência na cena Death Metal, Vomitory, regressa para espalhar o caos e deixar os seus fãs com água na boca para o seu próximo live act. Conhecidos por produzirem uma linha sonora coesa e consistente ao longo dos seus 8 álbuns anteriores, 12 anos depois, o 9º registo não desilude nem os mais puristas, dando a sensação de que foi ainda ontem que saiu o Opus Mortis VIII. Se há coisa que os Vomitory deixam bem claro com "All Heads Are Gonna Roll" é que a mesma presença visceral se mantém e que cabeças começam definitivamente a rolar aos milhares, logo nos primeiros segundos do álbum, com sua faixa homónima. Bom... mais de uma década de "build up" fica bem óbvia, dispensando introduções. Uma imediata viagem mental a uma violenta "circle pit" com blast beats infernais, andamento rápido e tremolo riffs a marcar o passo, que encaixam perfeitamente no repertório da banda.
Faixa após faixa, a hecatombe repete-se; se achamos que a primeira veio para nos destruir, logo vem "Decrowned" com a mesma ausência de piedade do princípio ao fim. Bons e coesos solos temperam a 9ª maravilha de Vomitory em dose q.b enquanto riffs poderosos marcam dominância, dando muito pouco espaço para respirar. Em termos de lírica, a poesia sórdida e hedionda continua com "Ode to the Meat Saw" e "Dead World" como demonstração de pura carnificina.
Tons mais melódicos se seguem com "Raped, Strangled, Sodomized, Dead", embora as letras não desiludam na sua marca, como o próprio título indica.
Direto, violento e implacável do princípio ao fim, o novo álbum traz inevitavelmente ao paladar musical nuances de Cannibal Corpse, com 40 minutos de pura destruição, relembrando o porquê de Vomitory nos ter ficado no ouvido naquela primeira vez. Apenas no mundo há pouco mais de 50 dias e após uma longa e excruciante espera, All Heads Are Gonna Roll já nos faz implorar por mais. Aguardemos ansiosamente, enquanto degustamos este pedaço infernal.
Nota: 8.6/10
Review por Alexandra Crimson