Após o despejo de cerca de 500 músicos do centro comercial STOP, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto anuncia hoje um plano para que os músicos possam regressar aos seus estúdios e/ou salas de ensaio, em segurança, de modo excecional e temporário.
Após reunião com representantes destes músicos "desalojados", o autarca abre portas a um plano:
"Encontramos uma solução depois de ouvido o Regimento de Sapadores Bombeiros da CMP, que emitiu um parecer urgente. Ou seja, perguntei aos bombeiros em que condições é que, nesta situação de excecionalidade, apesar de tudo, o centro pode ficar a funcionar" - informou Rui Moreira.
Adicionou ainda: "Numa primeira fase, tal como aquilo está hoje, terá que ter lá um carro de bombeiros permanente, portanto com a presença de cinco operacionais em permanência durante a utilização do espaço", o que obrigará a autarquia a fazer durante esse prazo "um investimento em meios de segurança, mangueiras, agulhetas, todas aquelas condições que há noutros centros comerciais e que ali não existem".
Caso os músicos aceitem estas condições, existirá a necessidade todos os utilizadores do espaço receberam formação adequada para, em caso de incêndio, saber como agir adequadamente.
Além disso, perante a impossibilidade de ter uma equipa de bombeiros mobilizada 24h por dia, o limite de utilização do espaço será de 12h diárias.
É este o plano apresentado pelo presidente da CMP, que apesar das limitações, irá permitir que o espaço continue a funcionar e que os músicos continuem a usufruir das suas instalações. Trata-se de um plano temporário enquanto o processo de licenciamento do espaço decorre, ao longo dos próximos meses.
O plano necessitará de aceitação por parte dos representantes dos músicos, assim como da administração do espaço, por não se tratar de um edifício pertencente à autarquia.