Era um nome desejado há vários anos, por território português. Finalmente a banda de Neil Fallon atuava em Portugal, na primeira de duas datas. Arrancando com «Impetus», um tema que remonta já a 92, quase no início do grupo, o quarteto conseguiu construir um alinhamento em que abordou imensos discos, como que tendo em conta ser esta a sua primeira passagem por Portugal.
Foram quase duas dezenas de temas, três deles em encore, em que se viram as várias facetas de Fallon, quer a do crooner, quase pastor do rock, quer a do músico, como quando toca guitarra em «Willie Nelson».
Foram quase duas dezenas de temas, três deles em encore, em que se viram as várias facetas de Fallon, quer a do crooner, quase pastor do rock, quer a do músico, como quando toca guitarra em «Willie Nelson».
Mais que Fallon, percebeu-se que o grupo de Maryland tem em Jean-Paul Gaster um excelente baterista. Mais discreto, mas sólido, o baixista Dan Maines, enquanto Tim Sult ao vivo se revela muitos furos acima do que se escuta em estúdio, pois quase todas as guitarras ficam a seu cargo.
Muita coisa ficou de fora, por exemplo o último trabalho de estúdio, «Book of Bad Decisions», só teve direito a uma faixa, «Ghoul Wrangler». Outros trabalhos também podiam ter mais destaque, mas à parte o alinhamento, a noite foi percorrida por uma toada rock, bem rolante que não deixou ninguém indiferente. Em plena época de festivais, este concerto acabou a soar refrescante, sinal de como o bom rock não tem época ou estação.
Muita coisa ficou de fora, por exemplo o último trabalho de estúdio, «Book of Bad Decisions», só teve direito a uma faixa, «Ghoul Wrangler». Outros trabalhos também podiam ter mais destaque, mas à parte o alinhamento, a noite foi percorrida por uma toada rock, bem rolante que não deixou ninguém indiferente. Em plena época de festivais, este concerto acabou a soar refrescante, sinal de como o bom rock não tem época ou estação.
Antes do show do Sr. Fallon, esteve em palco uma agradável surpresa que deu pelo nome The Inspector Cluzo. Duo de bateria e guitarra, em que jazz, blues e rock se cruzam, com bastante irreverência, associada a um discurso de articulado sobre ambiente, rock e cultura em geral. Malcom, na guitarra e voz, ou melhor, Laurent Lacrouts, faz quase toda a despesa, num concerto em que a maior parte dos temas eram inéditos, a incluir no próximo disco de estúdio. O baterista Phil, ou Mathieu Jourdain, domina completamente o instrumento e bem tentava permanecer impávido face a um hiperactivo Malcom que chegou mesmo a desmontar parte da bateria.
No fim, um excelente concerto, com uma primeira parte surpreendente e um grande nome do rock que finalmente marcou carimbo de passagem por Portugal.
No fim, um excelente concerto, com uma primeira parte surpreendente e um grande nome do rock que finalmente marcou carimbo de passagem por Portugal.
Reportagem por Emanuel Ferreira
Agradecimentos: Prime Artists