E eles vieram. Alguns duvidavam, outros acreditavam fervorosamente. Venceram os últimos e a organização do Laurus Nobilis Music Fest. Manowar atuou.
Foram milhares e como os próximos dias do festival irão provar, maior parte estava lá pelos guerreiros norte-americanos. Os fãs de Manowar são fieis e Joey DiMaio sabe disso, e por isso os exaltou, bem como à organização lutadora, num longo discurso, antes do encore.
Foram milhares e como os próximos dias do festival irão provar, maior parte estava lá pelos guerreiros norte-americanos. Os fãs de Manowar são fieis e Joey DiMaio sabe disso, e por isso os exaltou, bem como à organização lutadora, num longo discurso, antes do encore.
Bem cedo, com abertura de portas e subida ao palco secundário dos locais Via Sacra, logo fãs incondicionais de Manowar se colocaram nas barreiras do palco principal. Apesar de ambos os palcos estarem lado a lado, num novo desenho do espaço, os verdadeiros fãs optaram por ficar na grade da frente do local onde Manowar iria atuar. Ignoraram a primeira banda local a atuar, apesar do aparato das vestes dos seus elementos e do microfone do vocalista. Um rock pesado e melodioso o deles.
Ao hardcore de M.E.D.O. também os fãs de Manowar optaram por dizer não, apesar do esforço dos algarvios. Sentiu-se que o quarteto precisava de mais estrada, para ganhar segurança na atuação, mas foram escorreitos e não desiludiram.
Honras para os franceses Dark Tribe. Não tanto para eles, mas mais para Gaspar Ribeiro, baterista de Equaleft e Wrath Sins. Na véspera da partida para o Laurus, os franceses estavam sem baterista, mas com vontade de partilhar este dia de Manowar. Meteram-se à estrada para apresentar o seu heavy metal melódico. Já em Portugal, conheceram Ribeiro. Ele podia não conhecer a música destes, mas num dia aprendeu o suficiente para segurar a atuação. É obra!
A banda de Alex Staropoli divide-se entre temas dos próprios e de Rhapsody, a partir dos quais surgiram. Roberto De Micheli foi o guitarrista da noite, numa atuação em que claramente se percebe quando se trata de temas antigos, de Rhapsody, por oposição aos recentes, de Rhapsody Of Fire. Apesar da diferença de qualidade, o concerto foi bom, correu bem e soube a pouco. Mereciam mais tempo.
Vëlla, estavam deslocados no género musical, enquadrados entre dois nomes de power metal. «Coma» é o disco de estreia, a que se junta, o recente Ep «Entity». Melhor banda nacional, sem dúvida, neste dia. Fossem estrangeiros e mais os estariam a ver, certamente. Pena que fossem desvalorizados. Bom concerto aquele que deram. Têm tudo para singrar, resta esperar que o consigam o mais breve possível.
Manowar. São quarenta anos de banda. São uns resistentes, apesar de polémicas pontuais que têm sabido contornar. No final pode-se dizer que tocaram “esta”, esqueceram “aquela”. Podia desejar-se mais uma hora de actuação. Não aconteceu. Podia desejar-se que «Defender» não soasse apenas como mais um tema. Ou pedir-se uma «Bridge of Death». O solo de Joey, já não tem a vibração e tecnicismo de antes, nem se arrancam cordas. Porém, está lá. Demasiado backtracking? Talvez, mas em 2022 é comum, como se viu com Rhapsody Of Fire. No fim, foram Manowar e isso bastou. Satisfizeram os fãs, vieram como prometido.
Reportagem por Freebird
Agradecimentos: Laurus Nobilis Music Fest
Agradecimentos: Laurus Nobilis Music Fest
