É sabido que Portugal encontra-se recheado de grandes bandas, nos mais diversos géneros musicais, e o hard rock não constitui exceção. Exemplo disso mesmo são estes The Yellow Dog Conspiracy. Com a banda a preparar-se para um regresso aos lançamentos, a Metal Imperium entende que este, “Confrontation”, de 2017, ainda merece que se fale um pouco sobre ele.
“Confrontation” marca então a estreia deste projeto e não se trata de um álbum qualquer. Basta ouvir este trabalho duas ou três vezes para repararmos que é composto por boas malhas, daquelas que devem estar presentes num registo que não queira apenas “ser mais um”. Ao longo das 11 músicas que o compõe, “Confrontation”, oferece-nos temas rápidos, tais como: “Enough is Enough”; “Hello My Friend”, mais calmos: “One to Blame” e também uns tantos com os chamados refrões orelhudos, como “Falling Into You” e “Don´t Lie to Me”. As letras estão à altura da composição instrumental e a voz encaixa muito bem.
Um dos motivos pelos quais esta banda pode dar-se ao luxo de ser ambiciosa reside na sua formação. Os The Yellow Dog Conspiracy são compostos por um conjunto de músicos de respeito, como por exemplo: o baixista Nuno Correia (U.H.F), Josh Riot (Seventh Storm) na guitarra assim como o mestre Luíz Arantes. Essa qualidade espelha-se nos temas, onde os maravilhosos solos de guitarra são uma constante ao longo de todo o álbum. Na composição das músicas salta à vista a participação do vocalista, Vice, assinando-as quase na totalidade. No trabalho de produção encontramos nada mais que Mike Clink. Sim, esse mesmo que também produziu Appetite For Destruction, o álbum de estreia dos Guns n´Roses, prova inequívoca de que este "Confrontation" é um projeto audaz. De entre os convidados que participaram neste álbum podemos destacar Marcelo Aguiar, que empresta a sua voz ao tema “We Need A Change”.
"Confrontation" é então um daqueles álbuns que nos transmite a sensação de que poderia ir mais longe, tendo tudo o que é necessário para que isso aconteça. A qualidade está lá e é inegável, resta por isso esperar que um novo trabalho, lançado em condições pós restrições pandémicas, tenha o condão de dar o devido empurrão a este primeiro e colocá-lo no lugar que merece.
Nota: 8,7/10
Review por António Rodrigues