Quantos de vós sabíeis que os Invoke andam cá já desde 1996?! Eu não, sou sincero, e espanta-me só agora terem chegado ao 2.º álbum. Por vezes é preferível uma caminhada lenta, mas consistente, a algo fugaz. Sigamos. “Deo Ignoto” é, como já foi mencionado, o segundo álbum deste quarteto de Lisboa. Melodic Black Metal, alguns toques de Death Metal, e cantado em Língua Portuguesa. O Black Metal que os Invoke aqui praticam é, de longe, clássico. Tem, sim, momentos em que conseguimos “ouvir os anos 90”, mas de forma geral a abordagem é mais contemporânea (e polvilhada com toques de Death Metal, certo?). Há inclusive um groove modernaço – “Matança”. Mas foquemos, de imediato, a qualidade da produção: clear as water. Pessoalmente, não sou grande fã daquele Black Metal de “som limpo”, no qual conseguimos discernir A de B, C de D; ainda assim, tenho noção que desta forma a experiência também assume níveis elevadíssimos de satisfação sonora, e este “Deo Ignoto” é um álbum rápido, straight to the point, e com uma energia tremenda, pelo que uma produção limpa é mandatório! Ao Deus Desconhecido, assim me é apresentada a banda, e foi, sem dúvida, um primeiro encontro muito agradável. De mencionar as vocalizações: assentam perfeitamente na base instrumental, com força; há que ter noção que a nível métrico a nossa língua é uma “besta”, pelo que alvíssaras ao Sr. Reborn (AKA Pedro Dias). Overall, este trabalho dos Invoke é forte o bastante para fazer mazelas no UG nacional. Força, pessoal.
Nota: 8/10
Review por Daniel Pinheiro