Antes de carregar no play dei uma olhadela à lista de influências dadas pela banda, por mera curiosidade: Neurosis, Cult of Luna, Isis, Old Man’s Gloom, Batushka... e Justin Broadick. Assim que li o nome do senhor por trás de Godflesh, sabia o que poderia esperar, e não falhou. Não sou, assumo, fã da anteriormente mencionada banda, mas Jesu agrada-me bastante. Jesu, não há aqui, mas há Godflesh, sem dúvida. Custa-me rotular isto de Black Metal seque, ainda que a banda faça uso do prefixo POST (que vale o que vale), mas continuo a preferir inseri-los numa linha mais Post Freaky Shit, percebem? Godlfesh será, sem dúvida, das melhores comparações. Mais tarde, chegados ao 3.º tema (“Breathe”), somos recebidos com uma melodia muuuito reminiscente do trabalho de Old Man Gloom: melodias belas, mas densas e aterradoras. Acabamos por ficar sem saber muito bem como categorizar algo que pega em elementos tão dispares, e decide criar uma só peça. Ok, aceito que possamos admirar esta obra pelas lentes do Post- Black Metal, mas só?! Anyway. 5 músicas. 5 pedaços de uma manta de retalhos, de certa forma. É fácil, e ao mesmo tempo um exercício estranho, tentar dar um rótulo ao trabalho de Snaum. Acredito que o duo – Xypus e Foster – nos quisesse ofertar algo impactante e quase violento, e não falhou nesses aspeto. Aquele início, maquinal e sujo, abana-nos, para depois nos abraçar de forma carinhosa. É uma experiência interessante, sem dúvida...
Nota: 6/10
Review por Daniel Pinheiro