A Itália é conhecida pelo neo-classicismo associado ao Heavy Metal, mas também são a casa de bandas como Opera IX e Mortuary Drape. Que mostra isto? Que sabem fazer Black Metal, tal como sabem dar uma de Mozart on bloody steroids! Iscuron vive, de uma certa forma, num limbo entre esse Neo-clássico e Sinfónico, e o Black Metal. Dizer que tudo aquilo que é Black Metal, e recorre a elementos Sinfónicos soa a Emperor, é um tanto ou quanto injusto. Sim, na realidade uma enorme parte dos casos é assim, mas o interessante neste projeto é a particularidade de juntar ao Sinfónico, o medieval. Regressemos um pouco atrás, a 2020, ano de formação do projeto. “The Nothing has Defeated Atreyu” é o nome do álbum com o qual este se deu a conhecer. Gravado no Outono de 2020, deu início a esta aventura, que hoje se reflecte neste “The Pursuit...”. Falta mencionar que há também elementos eletrónicos, muito suaves e cuidadosamente inseridos nas músicas, nunca retirando a identidade, mas elevando a qualidade das músicas. É flauta aquilo que ouço? Excelente! Por vezes a tendência, com esta linha tão particular de Black Metal, é o cair no cliché e no marasmo de teclas, orquestração... feito. Este músico, cujo nome desconheço, não cai em clichés, usa os clichés. Usa-os bem, nos momentos indicados, e de forma certeira. Esperava Black Metal Sinfónico diferente do de toda a vida? Sim. Recebi o Black Metal Sinfónico de toda a vida? Creio que não. A seguir, a seguir.
Nota: 8/10
Review por Daniel Pinheiro