Marcela Bovio é uma artista que dispensa apresentações! Depois do seu sucesso com os Stream of Passion, lançou 2 álbuns a solo, é membro dos MaYan, lançou recentemente o EP “Dark Horse White Horse” do novo projeto com o mesmo nome e tem ainda muito por fazer na música!
M.I. - Recentemente, lançaste um novo EP de estreia de um novo projeto intitulado Dark Horse White Horse. Podes falar-nos sobre isso? Sobre o que são as músicas? Quando começaste a trabalhar nele?
Sim! É um novo projeto que comecei com o Jord Otto e o Ruben Wijga; trabalhámos juntos há alguns anos, mas algumas coisas difíceis atrapalharam, por isso, demorou algum tempo para lançarmos algo. Mas, finalmente, aqui estamos!
Eu escrevi as letras das músicas durante um período bastante sombrio da minha vida, por isso elas são todas sobre depressão e tópicos auto depreciativos.
M.I. - O que melhor descreve o som deste novo projeto?
Acho que poderíamos categorizá-lo como metal progressivo. Tem muitos riffs técnicos, mas também passagens muito melódicas. É bastante agitado, do meu ponto de vista, mas a minha voz torna-o um pouco mais acessível.
M.I. - O EP auto-intitulado tem cinco músicas. Tens uma favorita? O que inspirou o título do álbum Dark Horse White Horse?
Eu gosto delas todas! Realmente não consigo escolher uma como favorita… O título da banda e do EP é baseado na alegoria da Carruagem de Platão, na qual ele visualiza o homem como um cocheiro conduzindo uma carruagem puxada por dois cavalos: um branco (que representa o lado racional do homem) e um escuro (que representa nosso lado impulsivo e irracional).
M.I. - Como tem sido o feedback do EP até agora?
Tem sido ótimo! Não poderíamos estar mais felizes. Eu acho que é algo único quando tanto os fãs como os críticos apreciam um lançamento, e tem sido esse o caso com o nosso EP, por isso estamos muito entusiasmados.
M.I. - Quem criou o conceito da capa do álbum?
O logotipo da banda foi criado pela BLACKLAKE dos Países Baixos. Eu utilizei o logotipo para criar o layout. As fotos do álbum foram tiradas pela Emilie Garcin.
M.I. - Podemos esperar o lançamento de um álbum em breve?
Nem por isso. Gostaria de começar a trabalhar noutro EP em breve, mas acho que vou trabalhar noutra coisa primeiro.
M.I. - Lançaste dois álbuns a solo. Isto foi algo que sempre quiseste fazer? O que te fez decidir ir em frente?
Sim, pensei nisso durante muitos anos, mas nunca tive coragem para o fazer. Num determinado momento, decidi que queria seguir em frente e sentei-me juntamente com o produtor Joost van den Broek, que me ajudou a escolher uma direção. Esse foi o pequeno empurrão que eu precisava para começar!
M.I. - Como te preparas para entrar em estúdio?
Ensaiando muito! Eu não ensaio muito as músicas, mas trabalho muito na técnica antes de ir para o estúdio. Assim, posso experimentar coisas diferentes durante a gravação.
M.I. - Quais são e quem são suas maiores inspirações?
A minha mãe é uma das minhas maiores inspirações. Ela ensinou-me desde muito jovem que eu deveria trabalhar muito para realizar os meus sonhos, não importa o que os outros pensem e quão difícil será.
M.I. - Também fazes parte da banda MaYaN. Qual tem sido o teu maior desafio como membro da banda?
Honestamente, quando penso nos MaYaN, só penso em diversão! É tão fácil trabalhar com eles, que tudo corre muito bem. Acho que posso dizer que o maior desafio tem sido não esbarrar em ninguém no palco, (risos)!
M.I. - O álbum “Dhyana” dos MaYaN teve um excelente feedback do público. Qual a música que te deu mais prazer cantar?
Na verdade, uma das músicas que mais gostei de gravar não entrou no álbum! Chama-se "Hate me as I am", e foi a primeira vez que tentei fazer vocais distorcidos no estúdio. Fiquei muito satisfeita com os resultados!
M.I. - Tens algum ritual antes de subir no palco?
Eu preciso de um pouco de paz e sossego. Gosto de levar o meu tempo a preparar-me e a maquilhar-me. Com os MaYaN, geralmente faço isto juntamente com a Laura e divertimo-nos muito. Depois, faço alguns exercícios de aquecimento e tento passar alguns minutos apenas ficando em silêncio e concentrada.
M.I. - Fazes muitas coisas e já estiveste em vários projetos. Na música, ainda há algo que queiras tentar / fazer?
Tantas coisas! Quero continuar a escrever músicas a solo, explorar outros géneros e trabalhar neste projeto da escola de música online que tenho com a minha amiga Merel Bechtold... Vai ser ótimo!
M.I. - Qual a tua melhor lembrança dos Stream of Passion?
Demasiadas para contar. Mas tocar ao vivo no México tem um lugar especial no meu coração; o último espetáculo que fizemos na Cidade do México foi mágico!
M.I. - Qual foi o teu momento mais engraçado em palco?
Infelizmente não tenho grandes histórias sobre isso. Se vocês me virem ao vivo, perceberão que posso ser muito tonta em palco, mas acho que não fiz nada realmente memorável, (risos)!
M.I. - O que tens ouvido ultimamente?
Um pouco de tudo: um pouco de Motown, algum metal, algum progressivo, um pouco de Selena e los Dinos por causa da série do Netflix .
M.I. - Tens uma conta no Patreon. Podes falar-nos um pouco mais sobre isso e o que as pessoas podem esperar?
É o meu pequeno círculo interno! Eu partilho novas músicas com eles, versões demo de coisas, a história por trás das faixas que escrevo... Faço imensas covers de músicas sugeridas pelos meus patrons e temos sessões regulares de perguntas e respostas ao vivo.
M.I. - Últimas palavras para os teus fãs em Portugal?
Olá! Obrigado por lerem e espero que nos possamos ver em tour brevemente!
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Entrevista por Tatiana Andersen