About Me

Entrevista aos Scar Of The Sun

Os Scar Of The Sun da Grécia dão voz à injustiça social, misturando o lirismo científico com o metal moderno e enérgico, e irão marcar a diferença nesta cena superlotada!
Os Scar Of The Sun atingirão o próximo nível com o lançamento do seu terceiro álbum “Inertia” (14 de maio pela Napalm Records). O álbum oferece uma nova abordagem ao metal melódico, atmosférico e frequentemente influenciado de forma progressiva, enquanto cria um caminho único. Foi gravado e misturado pelo cantor e compositor Terry Nikas nos Zero Gravity Studios em Atenas, Grécia e masterizado pelo lendário Jens Bogren (Opeth, Katatonia, Dimmu Borgir) nos Fascination Street Studios, Suécia.
Depois de partilharem palco com grandes nomes como Dark Tranquility, Insomnium e os compatriotas Rotting Christ, esta banda está aqui para abrir os nossos olhos!
A Metal Imperium teve uma conversa agradável e interessante com Terry Nikas...

M.I. - O que é que o nome Scar Of The Sun significa para vocês?

Eu inventei o nome por causa de uma perda pessoal e descreve a situação em que eu estava na época, por volta de 2004-2005. O nome é uma história real e não apenas um monte de palavras que soam bem juntas. É sobre os vestígios pessoais de uma história muito triste que afetou a minha vida durante 4-5 anos. A banda foi criada como uma catarse, que fiz para me curar.


M.I. - A banda foi formada em 2004, mas «Inertia» é apenas o vosso terceiro álbum... por que demoram tanto tempo entre os lançamentos? Geralmente demoram cerca de 5 anos.

A banda foi formada como um projeto pessoal em 2004, e tornamo-nos uma banda de verdade em 2008-2009. Portanto, são 12-13 anos, na verdade. Houve muitos fatores que nos atrasaram muito. Em primeiro lugar, tínhamos os álbuns prontos e estávamos à procura do melhor contrato possível. Isso leva tempo porque tens que esperar e não forçar as editoras. Depois disso, quando lançamos os dois primeiros álbuns, não tínhamos orçamento da nossa editora para fazer nada, tivemos que pagar tudo por nossa conta. Tantas despesas, num país que passava por uma grande crise financeira, o que foi duas vezes mais difícil. Quando lançamos um álbum, queremos fazê-lo da maneira adequada. Fazer tournées, fazer bons videoclipes e, acima de tudo, ter uma produção muito boa nos nossos álbuns. Tudo isso custa dinheiro e leva tempo. Caso contrário, poderíamos ter lançado um álbum sem nenhum dos itens acima e os álbuns teriam passado despercebidos. Posso garantir que isso já não vai acontecer, as coisas mudaram completamente em todos os aspetos.


M.I. – Os Scar Of The Sun misturam o som do metal moderno com paisagens sonoras atmosféricas e riffs dinâmicos, o que resulta em ótimas faixas. Foi uma escolha consciente ou o vosso som acabou por ficar assim?

Quando começamos, a banda estava mais ligada ao Metal Atmospheric moderno e tínhamos muitos outros elementos, como elementos de death metal progressivo e sueco. Os anos passaram, a música que ouvimos está a mudar, a música que consideramos desafiadora está a mudar também, e chegamos a este ponto. Tudo tem a ver com o que ouvimos e o que gostamos de tocar. Nós não decidimos que direção tomar, vemos que músicas vêm para a mesa e seguimos o fluxo. Temos a mente totalmente aberta, se gostamos de algo, vamos usar mesmo que seja alternativo ou pop. Estamos muito felizes por teres gostado das músicas, isso significa muito para nós!


M.I. - O álbum “Inertia” foi lançado no dia 14 de maio… estais entusiasmados?

O álbum já saiu e estamos super empolgados porque, pela primeira vez, lançamos um álbum como deve ser, e isso tudo por causa da nossa editora Napalm Records. Eles estão a fazer um trabalho tremendo, estamos muito felizes com eles porque a combinação do nosso entusiasmo e a sua experiência profissional é tudo o que uma banda precisa para seguir em frente da melhor maneira possível! Também estamos aliviados porque o álbum estava pronto desde 2019 e finalmente foi lançado e está a ter uma ótima resposta!


M.I. - Por quê «Inertia»? Tem alguma coisa a ver com o facto de que as coisas parecem nunca mudar? Tudo permanece sempre igual?

Sim, de certa forma foi isso que disseste. Essa também pode ser a ideia por trás da trilogia «Quantum Leap Zero». Há também o facto de que todos os que governam este mundo não querem que as pessoas reajam independentemente dos que eles façam, e por isso alimentam-nos com qualquer coisa que possa manter-nos entorpecidos: drogas, programas de TV idiotas como Big Brother, futebol, qualquer coisa que mantenha as nossas mentes ocupadas e longe dos problemas reais. Se isso não funcionar, o próximo nível é a violência policial e eles não querem ir por aí porque prejudica a sua imagem...


M.I. – O Sakis Tolis e o Seth anunciaram publicamente que este vosso álbum é uma obra-prima. Como se sentem quando lendas como estas falam tão bem do vosso trabalho?

É uma honra absoluta ler essas palavras destas duas lendas gregas! Crescemos a ouvir a sua música e sempre fomos fãs de Rotting Christ e Septic Flesh, portanto podes imaginar como é! Além disso, o facto de estarem neste meio há tanto tempo, ouvirem muita música e conhecerem tantas bandas e, apesar de tudo, ainda estarem empolgados com o nosso álbum, torna as suas palavras ainda mais importantes para nós!


M.I. - O que é que os fãs podem esperar do álbum? Por que é que o Sakis e o Seth estão tão animados com ele?

Acho que antes de tudo porque eles gostaram do nosso trabalho, porque gostaram muito do álbum, porque viram outra banda a sair das fronteiras da Grécia e porque viram que algo sério está a acontecer connosco. Eles moldaram a maneira como estamos hoje, e acho que isso os deixa felizes. Fora isso, os fãs deveriam esperar um álbum muito bem trabalhado, com grandes detalhes e um grande som, cheio de músicas cativantes que ficarão na cabeça e que os fará querer ouvi-las novamente e cantá-las. É isso que gostamos de fazer e acho que o fizemos bem neste álbum.


M.I. - As letras são inspiradas na literatura. Citem alguns autores que vos inspiraram.

Hmmm, as letras são realmente inspiradas na literatura, mas eu não sou leitor de literatura. Eu li muitos livros, mas são mais de conteúdo científico ou sobre política. Quando era criança, lia muitos livros de Júlio Verne, depois entrei em autores como Umberto Eco e, eventualmente, entrei em Dean Koontz e Michael Chrichton, mas hoje sou mais inspirado por livros como The Shock Doctrine de Naomi Klein que basicamente descreve exatamente o que vivemos a nível mundial. Mas existem muitos mais livros e autores que me influenciaram, foram eles que me deram este estilo.


M.I. - As letras também são sobre tragédias. A “tragédia grega” é uma forma de teatro da Grécia Antiga e acredita-se que seja uma extensão dos antigos ritos realizados em homenagem a Dyoniso. A tragédia grega influenciou o teatro da Roma Antiga e do Renascimento. Também se inspiraram nisso?

Nem por isso! O que mencionaste é um mundo no qual nunca mergulhei profundamente, só quando estava na escola é que aprendi sobre tudo isso. Estou a escrever sobre uma tragédia moderna, o que vivemos nos últimos 10 anos, que também foi baseado em decisões muito más dos últimos 40-45 anos. Estou sempre a escrever sobre questões reais, coisas que estão a acontecer à minha frente e me afetam, tanto do ponto de vista real, mas também do ponto de vista ético. Sou muito sensível e não posso simplesmente ignorar as coisas quando as vejo a acontecer. Portanto é realmente a realidade que passou por um filtro da literatura. Não quero escrever letras diretas, acredito que sejam mais adequadas para bandas de Thrash Metal ou Hardcore.


M.I. - Tragédias modernas parecem interessar-vos e o álbum inclui a trilogia “Quantum Leap Zero” que transmite eventos muito intensos e dramáticos que ocorreram na Grécia em 2015. Que eventos foram esses?

A crise financeira grega começou oficialmente em 2010, quando entramos nos memorandos desastrosos e no FMI. Durante 5 anos continuamos a votar nesses governos incompetentes que nos trouxeram este resultado. Poderiamos chamar-lhe também de Síndrome de Estocolmo. E, após 5 anos de dura austeridade, as pessoas estavam exaustas e não aguentavam mais, porque era óbvio que esse "tratamento" não estava a funcionar para nenhuma das partes envolvidas. A atmosfera estava a ferver e dava para sentir a revolta no ar - e era disso que precisávamos de qualquer maneira! Esta é a primeira parte da trilogia. A segunda parte fala sobre a verdadeira revolução que resultou das eleições de 2015, quando pela primeira vez votamos num governo que queria fazer algo de bom pelo nosso país. E eles fizeram. Nos primeiros 6 meses, resistiram fortemente às políticas insanas da UE, apresentando planos muito bons sobre como sair da crise. Esse não era o objetivo da UE, é claro (os políticos, não o povo da UE, é claro), eles só queriam salvar os bancos e fazer com que as pessoas pagassem por isso. Depois de 6 meses de duras batalhas, os interesses financeiros voltaram a vencer, como sempre, e ainda por cima puniram-nos por termos resistido. Eles não se importam se destroem vidas. Eles só querem ficar mais ricos e nenhum código de ética os impedirá. O dinheiro é apenas a lei da selva. Nada mais, sem moral, sem ética, sem lógica, sem justiça, nada.


M.I. - “I Am The Circle” é o primeiro single, vem com um videoclipe oficial, e serve como uma amostra emocionante do álbum. Como têm sido as reações?

Tivemos boas reações, ajudou muito a trazer as pessoas para o álbum e a abrir caminho para o segundo single da música “Inertia”. Acho que é uma das músicas mais representativas do álbum e funciona muito bem quando a tocamos ao vivo!


M.I. - Sobre o primeiro single, o vocalista Terry Nikas disse: “Novo, mais pesado e mais groovier, mas sempre cativante! Anos de luta comprimiram a nossa raiva em poucos minutos!”. O que querem dizer quando mencionam “raiva comprimida”? De onde vem a vossa raiva? Por que a sentem?

Eu estava com raiva pelo facto de a banda ter trabalhado no duro durante muitos anos e as editoras nos ignorarem. Nunca tivemos o apoio de uma editora séria até agora e tivemos não apenas que organizar tudo por conta própria, mas também que financiar tudo por conta própria. Não estávamos a ser respeitados pelo que fazíamos e isso era extremamente frustrante. Muitos outros teriam deixado de tentar, mas encontrávamos sempre coragem para continuar a trabalhar ainda mais. E é por isso que ficamos com tanta raiva!


M.I. - A capa é bastante elaborada. Qual é o seu significado? Parece uma máquina gigante que funciona sempre da mesma maneira... é por isso que «Inertia» se encaixa bem?

A capa mostra uma mulher amarrada a uma mesa de laboratório médico e ligada a várias máquinas e aparelhos. A mulher representa a Grécia, que foi uma experiência financeira durante anos, e ela não se pode mexer e eles estão a fazer experiências nela. A mesma história que podes ver no vídeo da nossa música “Inertia”.


M.I. - Inertia foi gravado e misturado pelo cantor e compositor Terry Nikas nos Zero Gravity Studios em Atenas, Grécia. Como foi esse processo? O Covid afetou de alguma forma?

Não, porque o álbum foi gravado em 2018 e foi misturado pela primeira vez em 2019. A única coisa que aconteceu depois, durante o Covid, foi misturar o álbum novamente, mas fui só eu (Terry Nikas) no estúdio a misturar e mandava as misturas para os tipos para obter o feedback e a aprovação deles. Todo o processo foi muito confortável porque este é o nosso estúdio e todos se sentem em casa lá. Não há relógio a controlar, e não há stress. Às vezes isso não é bom porque fazes as coisas devagar, mas é um grande conforto e luxo ter o nosso próprio estúdio e fazer o que for preciso para chegar ao melhor resultado sem ter o limite do orçamento a stressar-nos.


M.I. - O álbum foi masterizado pelo lendário Jens Bogren nos Fascination Street Studios, Suécia. Como foi trabalhar com o Jens? Ele deu alguma ideia?

Enviei um mix inicial para o Jens para obter o seu feedback. Ele fez alguns pequenos comentários e, fora isso, ele apenas fez a masterização, e foi ótimo. O Jens é o melhor no seu jogo, eu conheço-o pessoalmente de álbuns anteriores em que trabalhamos juntos e a coisa toda foi muito tranquila. Quando ele enviou o primeiro rascunho estava perfeito, não fizemos nenhuma alteração. É por isso que adoro trabalhar com ele! Ele consegue o que tem que fazer diretamente, presta atenção e respeita o seu trabalho e o resultado é sempre fantástico!


M.I. - “Em “Inertia”, os Scar Of The Sun utilizam terminologia científica para transmitir as suas mensagens apaixonadas de provações difíceis e consciência social, abordando um tema abrangente que reflete um dos fardos mais pesados ​​da sociedade - que o ganho financeiro floresceu às custas da humanidade e dos meios de subsistência de pessoas comuns.” Vocês acham que apelar à consciência irá mudar as coisas? O mesmo parece acontecer em todo o lado e os ricos “ganham” sempre.

Não, nada vai mudar para além do facto de eu falar sobre isso! Mesmo que eu fosse capaz de começar uma revolta, os interesses financeiros eliminar-me-iam de uma forma ou de outra e a todas as pessoas que participassem na revolta. Estou bem ciente disso. A razão de eu fazer isto é tirar este peso do peito e sentir-me melhor e pronto! Quero gritar a plenos pulmões, sentir-me melhor e manter um equilíbrio interno. Este é outro motivo pelo qual estou com tanta raiva e é uma maneira de me sentir melhor. Sou 100% realista na minha vida!


M.I. – Os Scar Of The Sun dão voz à injustiça social, misturando lirismo científico com metal moderno e enérgico. Por que se dedicam a esta causa? De que tipo de injustiça social as pessoas sofrem na Grécia?

Em primeiro lugar, não me dediquei a esta causa, falo disto porque é uma merda! Também acredito que todos nós devemos falar sobre isto e ficar zangados! Isso faria sentido porque devemos preocupar-nos com os nossos semelhantes. E, como entendes, o normal seria dedicarmo-nos a esta causa. A injustiça social está em toda a parte, no teu país, ao teu lado, em toda a parte. O mundo está uma loucura total, as coisas não vão bem de maneira nenhuma. Quem não vê isso, vive na sua própria bolha. Nós destruímos tudo, pessoas e planeta. Se existe alguém que pensa que a humanidade está no caminho certo, essa pessoa está viciada em drogas pesadas ou precisa de ser internada num hospício!


M.I. - Vocês são ativistas sociais? Estão envolvidos em alguma causa específica?

Não sou um ativista social, mas adoraria ser. Não acredito que através do ativismo as coisas mudem, porque os oponentes são tão corrompidos que encontrarão uma maneira de te eliminar se te tornares perigoso para eles. Todos nós precisamos de abanar a cabeça com força, abrir os olhos e ver a realidade que criamos. Em vez de servir ao planeta e à natureza, estamos a destruir tudo. A estupidez reina até mesmo naquelas pessoas que se acham muito espertas e que governam as suas próprias vidas. Elas não governam nada, a vingança da natureza será sempre mais forte do que qualquer ação que fizermos! Nunca domesticamos a natureza e nunca seremos capazes de fazê-lo. Quanto mais cedo percebermos isso, mais cedo as coisas melhorarão. O único vírus na Terra são os humanos. Nós destruímos tudo e destruímo-nos a nós mesmos também. Simples assim!


M.I. – Os vossos lançamentos anteriores «A Series of Unfortunate Concurrencies» e «In Flood» foram lançados pela Scarlet Records. «Inertia» será o primeiro a ser lançado pela Napalm Records. Optara por mudar de editora? Quão diferentes são?

Se estivesse nas nossas mãos, teríamos assinado com a Napalm logo no nosso primeiro álbum, mas é muito, muito difícil chegar a um nível em que uma editora assim preste atenção. A Napalm é uma bênção para nós e fazemos o nosso melhor para divulgar o álbum porque, como disse, o trabalho deles é excelente e devemos igualar a qualidade do seu trabalho. A diferença é enorme, temos toda uma equipa do nosso lado, a rede deles é incrível e é assim que as coisas devem ser!


M.I. - O que mudou / mudará para os Scar Of The Sun agora que assinaram com uma editora maior?

Até agora mudou tudo. O trabalho da imprensa é inacreditável, a banda está em todo o lado e isso é muito importante. O principal de uma grande editora é a promoção e a Napalm é mestre neste jogo. Também tínhamos um orçamento para fazer as coisas pela primeira vez. Isso ajudou imenso. Além disso, logo que as tournées sejam retomadas, será muito mais fácil fazê-lo porque temos um apoio de tournée pela primeira vez, e as condições serão completamente diferentes. Acima de tudo, o facto da nossa editora ter uma rede tão grande para promover o nosso trabalho, coloca-nos diretamente noutro patamar. Trabalhamos muito durante muitos anos para conseguir isto!


M.I. - A cultura grega é tão rica... quanto impacto é que tem na banda?

Tem impacto porque crescemos neste ambiente e aprendemos tudo na escola. Além disso, se andares pela Grécia, verás tudo sobre a nossa história e isso faz parte do nosso dia a dia. Portanto, está ao nosso redor, mesmo que não usemos partes reais dela na nossa música. Se moras na Grécia, serás afetado, quer queiras ou não.


M.I. – Vocês já partilharam palco com grandes nomes como Dark Tranquility, Insomnium, Rotting Christ… o que aprenderam com essas experiências?

Aprendemos muitas coisas. Em primeiro lugar, aprendemos a ser profissionais em todos os aspetos. Como ser confiável e sério e nunca usar desculpas para não fazer as coisas. Aprendemos sobre equipamento de tournée e truques do negócio. Aprendemos sobre a nossa presença de palco e como a nossa música funciona ao vivo. Se não fizeres uma tournée, nunca serás uma banda de verdade. As nossas tournées foram as nossas maiores lições até agora!


M.I. - O que podemos esperar dos Scar Of The Sun em termos de tournée e concertos ao vivo? Já têm planos?

Vemos as coisas a melhorar com a pandemia e parece que, no final de 2021 ou início de 2022, as tournées recomeçarão. Já estamos a dialogar com o nosso agente de reservas e a nossa editora para as começar a planear. Não há nada certo ainda, estamos ainda na parte inicial do processo de planeamento. A única coisa certa é que, logo que possível, faremos uma tournée como se não houvesse amanhã!


M.I. - Por favor, partilhem uma mensagem final com os leitores da Metal Imperium.

Gostaríamos de agradecer à Metal Imperium por esta ótima entrevista! Esperamos que todos estejam seguros, porque isso é o mais importante! Fiquem à vontade para ouvir o nosso novo álbum e espero vê-los numa tournée quando isso acontecer! Muito obrigado!

For English version, click here

Entrevista por Sónia Fonseca