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Entrevista aos Wheel

Os Wheel são uma das mais recentes propostas do panorama do Metal Progressivo. O quarteto anglo-finlandês lançou em 2019 o seu primeiro álbum de longa duração – “Moving Backwards” – após dois EP’s em 2017 e 2018, e afirma-se agora como uma das bandas mais promissoras do Prog ao editar “Resident Human”. Falámos com James Lascelles, vocalista, guitarrista e compositor, sobre a formação da banda, o lançamento deste segundo disco, bem como as passagens que fizeram por Portugal.

M.I. - Como se conheceram? Sei que apenas tu és do Reino Unido, enquanto o resto dos membros são finlandeses.

Mudei-me para a Finlândia em 2010, quando um rapaz com quem estudei no Reino Unido venceu a versão finlandesa dos “Ídolos” e me convidou para tocar com ele em vários concertos. Na altura, a banda com que eu estava a trabalhar no Reino Unido estava prestes a terminar e eu estive quase para voltar para a casa dos meus pais e desistir da música; em vez disso, arrisquei e mudei-me para Helsínquia para seguir uma carreira a tocar música pop e covers. Apesar deste estilo musical nunca me ter interessado particularmente, dava dinheiro suficiente para pagar as minhas contas e parecia ser a única opção viável para seguir o meu objetivo de ser um músico profissional. Gostava particularmente de fazer arranjos de harmonias vocais para o grupo. Mais tarde, fiquei desiludido com o que estava a fazer e depois de vários anos a tocar na banda, decidi sair e trabalhar em vendas de software, que posso dizer que era absolutamente péssimo.

Durante um dos últimos concertos que fiz com o artista dos “Ídolos”, participei num concurso de televisão chamado 'Tartu Mikkiin', que se traduz aproximadamente para “Agarra o Microfone”, e conheci o guitarrista (Saku Mattila) da banda do concurso e demo-nos muito bem. Achei que a minha carreira musical tinha acabado com a participação nesse programa, mas por diversão, ia trabalhando nalgumas demos de músicas que tinha escrito durante o meu tempo de faculdade, e convidei o Saku para vir a minha casa lhe para mostrar o que tinha feito. Ele ficou curioso com o que ouviu e sugeriu que juntássemos uma banda para ver como é que as músicas soavam ao vivo, o que me pareceu uma ótima ideia.

As demos que fiz eram basicamente versões finalizadas das músicas que acabaram por dar origem ao nosso primeiro EP - 'The Path EP' - e, depois de ensaiarmos juntos com o nosso baixista original e nosso baterista de longa data, Santeri Saksala, decidimos gravar uma demo com as três faixas, que fizemos em apenas dois dias - a demo saiu tão bem que decidimos que a mistura deveria ser feita profissionalmente. Nesse momento, havia uma sensação coletiva de que estávamos a fazer algo realmente especial e desde então, apesar de muitas mudanças complicadas na formação, temos trabalhado muito na banda, tratando-a como uma carreira.


M.I. - Qual é a tua formação musical? Tiveste estudos em música?

Os meus pais apoiaram muito o meu desenvolvimento musical e sempre tivemos instrumentos em casa. Tive aulas de piano quando era muito jovem, embora fosse um péssimo aluno - nunca pratiquei e nunca fui além do 1.º Grau. Além disso, o meu pai ensinou-me a tocar o básico na guitarra e eu tocava no grupo de música da minha escola primaria católica. Mais tarde, tive algumas aulas de guitarra com o falecido Brian Parker, que era um músico e professor incrível, mas ele morreu logo depois de começar a ensinar-me; não consegui encontrar outro professor depois disso, e optei por aprender sozinho.

O meu irmão Simon era, e ainda é, um músico incrivelmente bom e tinha 4 8º graus quando tinha 15 anos - eu aprendi muito a fazer experiências com ele, e muitas vezes acordava para ouvi-lo estudar Rachmaninoff e Chopin ao piano. A formação clássica do Simon e as críticas construtiva que me fazia ensinaram-me o valor da colaboração desde cedo, e estávamos sempre a estimular-nos um ao outro para tentar coisas mais originais e interessantes com a música que ambos escrevíamos na altura.

Durante a minha adolescência, escrevi canções e tocava-as com outros alunos da minha escola. Acabei a cantar com um desses grupos de alunos depois do vocalista da banda ter saído pouco antes de um concerto. Eu não tinha experiência e era péssimo quando comecei. Continuei a fazê-lo independentemente disso, e aos poucos fui melhorando.

Estive em vários bandas pequenas nos meus anos de formação e em várias posições, toquei bateria, guitarra, baixo e cantei em vários estilos. Consegui sustentar-me durante o meu tempo na universidade, em parte, através de concertos em bares - isso é algo que continuei a fazer depois de me mudar para a Finlândia, pois havia muitas oportunidades de ganhar bom dinheiro a fazer isso aqui.

Sempre tive interesse em desenvolver uma compreensão abrangente sobre o que cada instrumento pode fazer, de modo a incorporar esse conhecimento na minha escrita. A bateria, em particular, parecia pouco explorada para mim, já que a maioria do que eu ouvia na época, tinha sempre um papel de suporte para o resto. Sempre me atraíram músicas com ritmos incomuns e canções que permitissem que todos os músicos tivessem a oportunidade de brilhar.


M.I. - Como funciona o teu processo criativo?

Eu não tenho uma abordagem linear para a criatividade, embora tenha escrito a maioria das músicas de Wheel. No final das contas, sempre vi a criatividade como uma extensão da liberdade de falhar e, às vezes, são necessários muitos erros antes de algo realmente interessante comece a surgir.

Talvez seja por eu ser relativamente destreinado como músico e compositor, mas sempre que encontro uma ideia ou conjunto de ideias que me interessam, parece que estou a aprender uma nova língua. É preciso muita experimentação para descobrir a melhor maneira de organizar, estruturar ou desenvolver peças.

De uma forma geral, sempre evitei a complexidade por si só, e investi muito tempo a ajustar a estrutura e o arranjo para (espero) tornar a experiência geral o mais gratificante possível. Considerando, especialmente, as músicas mais longas que fazemos, estou muito consciente do compromisso que estamos a exigir de um ouvinte para com os temas, e quero garantir que vale a pena investir tempo na nossa música.

No final das contas, fazer as músicas do Wheel é um trabalho egoísta e no qual tentamos manter-nos entretidos - se não gostamos, por que haverão de gostar os outros, certo? Depois de produzir uma ideia ou demo, eles dizem quais é que acham que vale a pena desenvolver e então começamos o processo longo e democrático de separar as faixas e reconstruí-las como algo maior do que eram antes.

Eu sinto-me incrivelmente privilegiado por ser capaz de compor com um grupo tão talentoso de pessoas e confio neles totalmente - quanto mais música criamos juntos, mais fácil é deixar fluir e confiar que as mudanças que fazemos, mesmo em músicas em que eu possa achar que já estão muito boas, só servem para melhorá-las.


M.I. - “Resident Human”, tal como o disco anterior, tem um conceito lírico específico. Também abordaram o álbum conceptualmente na parte musical / instrumental?

Desta vez, a parte musical / instrumental foi a que inspirou os temas líricos. O material em 'Moving Backwards' tinha muito movimento no mesmo registo (a parte do meio de 'Up The Chain') e alguns riffs extremamente robustos (como 'Vultures'), então optámos por algo clean e pesado na produção. Desta vez, à medida que as gravações avançavam, tornou-se evidente que aquela não era a direção para a música mais dinâmica que havíamos escrito para "Resident Human".

Quando começámos a gravar a bateria e o baixo nos estúdios Finnvox em Helsínquia, não tínhamos nenhum tema lírico, nem nenhuma parte vocal escrita. Foi através de decisões como desligar o metrónomo (para 'Hyperion') e escolher editar menos as partes, dando-lhes uma sensação mais próxima do que se sente ao vivo, que percebemos a direção que a música exigia - algo mais vulnerável e apresentando uma maior humanidade do que nosso álbum anterior. Parecia que o próximo passo lógico era fazermos o mesmo para as letras.


M.I. – Disseste na promo: "E nós meio que fizemos isso [um álbum conceptual progressivo sobre o COVID]... mas é mais sobre o tempo que o COVID nos deu para nos explorarmos a nós mesmos, em vez da pandemia em si." Podes desenvolver esta ideia? O que é que exploraram sobre vocês mesmos nestes tempos de COVID?

Fomos forçados a dar um passo atrás em relação a todos os nossos hábitos, quando as restrições relativas à pandemia começaram e, pela primeira vez em muitos anos, tivemos tempo para avaliar e refletir sobre tudo o que estava a acontecer à nossa volta.
A incerteza do tempo também foi um fator que nos levou a enfrentar as escolhas que continuamos a fazer e a tentar fazer as pazes com a turbulência que anda de mãos dadas com a tentativa de construir algo novo.

Esses pensamentos não levaram apenas à mudança, acho que muito disso apenas nos fez reafirmar para nós mesmos que queremos continuar a viagem que começámos com Wheel em 2015. É impossível prever o futuro com clareza, tudo o que podemos fazer é escolher como gastar esse tempo que nos é dado. Acho que todos nós encontrámos um certo propósito renovado nos últimos doze meses e, considerando o quão mau tem sido a pandemia, tenho a certeza que houve uma franja de esperança, no sentido em que estamos mais certos do que nunca de que estamos a perseguir as coisas certas, pessoalmente, profissionalmente e artisticamente.


M.I. - O álbum reflete sobre as constantes mudanças sociais que vemos no mundo contemporâneo. O que achas de tudo que está a acontecer política e socialmente? Tendes a ser otimista com o futuro?

Tenho sentimentos mistos sobre o futuro, embora hajam sempre motivos para ter esperança. Acho que os jovens hoje em dia têm acesso a mais informação do que qualquer geração teve em qualquer momento da história e, a cada ano, mais e mais pessoas em todo o mundo têm acesso a todos esses dados. Claro, nem tudo sobre a internet é bom, mas estamos a viver uma época em que qualquer pessoa com conexão à internet pode aprender, literalmente, sobre qualquer coisa, se estiver motivada para isso. Se a nossa espécie sobreviver por tempo suficiente para colher os benefícios disso, acho que isso mudará para melhor, e permanentemente, a forma como gerimos as nossas sociedades e, espero, também melhoraremos a maneira como nos tratamos uns aos outros.

Politicamente, pelo menos no curto prazo, acho que há muito trabalho a ser feito. Vivemos uma época em que o fascismo é frequentemente rebatizado de maneiras enganadoras e a tragédia é usada como uma desculpa para aumentar o controlo que as autoridades afirmam que precisam de ter sobre as nossas sociedades para nos manter seguros. Desde fronteiras controladas de forma mais agressiva, até medidas de vigilância que seriam mais adequadas em “1984”, acho que há motivos reais para alarme sobre a forma como essas tendências parecem estar a caminhar. A propagação do medo e a desinformação estão a ser usadas para demonizar as minorias políticas, religiosas e sexuais e não nos lembramos nem mesmo dos eventos históricos mais recentes que nos mostram no que essas práticas tendem a resultar. O importante a lembrar é que tudo está longe de estar perdido e ainda é possível mudar o nosso destino final.

Não acredito que existam soluções simples para remediar isto, para além de nos lembrarmos que todos nós existimos em câmaras de eco, e que o espelho que temos do mundo à nossa volta é fundamentalmente fraco - pessoas que discordam de nós raramente são nossas inimigas, e construir laços com aqueles que passaram os últimos dez anos a ser alimentados com uma visão do mundo diferente da nossa, quase sempre vale a pena. Cada um de nós merece compaixão e paz, e só encontrando a paz em nós mesmos é que podemos ser a mudança que queremos ver no mundo em nosso redor.


M.I. - Disseste na promo que as músicas “Hyperion” e “Dissipating” são influenciadas pela série de livros de ficção científica de Dan Simmons, “Hyperion Cantos”. Como é que essa influência se reflete nessas músicas? Podes contar-nos mais sobre essa relação entre os livros e a vossa música?

Eu li a série “Hyperion Cantos” no verão passado e nunca tinha lido nada parecido. A história é espetacular e muitos dos temas do livro são extremamente relevantes, tendo em conta o que aconteceu no ano passado. É ainda mais impressionante considerando que o primeiro livro foi lançado em 1989. O terceiro e o quarto livros da série abordam alguns tópicos que realmente me chamaram a atenção.

“Dissipar” é fazer as pazes com o universo aparentemente hostil que habitamos. É sobre abandonar qualquer delírio de grandeza para nossa espécie e, por sua vez, libertar-nos de qualquer responsabilidade cósmica. A escala do universo é, pelo menos de acordo com a ciência atual, incognoscível e, de acordo com a física atual, grandes áreas do cosmos são inalcançáveis. Esta realidade pode levar alguns a sentimentos de niilismo, mas “Hyperion Cantos” levou-me a uma conclusão diferente: tudo o que nós fazemos, todas as coisas boas que acontecem connosco e tudo que escolhemos durante a nossa curta vida é carregado de significado. Significado e valor. E lembrar-me disso ajudou-me a encontrar uma gratidão maior por estar aqui para vivenciar tudo isso.

“Hyperion” é sobre aceitar os limites de nossa mortalidade, particularmente aceitando que a morte é uma parte tão essencial de estar vivo quanto viver. Todos nós experienciamos o tempo como uma viagem linear do nascimento à morte, e estamos tão imersos na nossa própria experiência que esquecemos (e certamente, eu esqueci) que todos aqueles que encontramos, passarão pelas mesmas crises existenciais que nós mesmos enfrentamos. É um apelo, um chamamento de que devemos enfrentar o por do sol juntos, unidos no nosso esquecimento garantido e como, embora possamos estar divididos, eventualmente cairemos juntos.


M.I. – Mencionaste também que tiveste um esgotamento em junho, e que isso vos fez adiar o álbum. O que aconteceu?

Desde setembro de 2019, estive sob uma grande pressão. Tivemos duas mudanças de formação muito rápidas, uma das quais aconteceu durante uma tour e tínhamos um calendário brutal para conseguir montar as músicas para o nosso segundo álbum, enquanto mantínhamos os nossos compromissos da digressão. Eu era muito ambicioso com o calendário e tive muito pouco tempo de descanso durante os 9 meses entre setembro de 2019 e maio de 2020, quando as gravações instrumentais foram concluídas. Para além disso, eu sofria de depressão e ansiedade quase constante há algum tempo.

Como tudo tinha sido cancelado devido à Covid e não tínhamos nenhuma linha vocal escrita para o álbum naquele momento, e uma vez que os instrumentais estavam gravados, o plano foi tirar algum tempo para analisar todas as músicas que tínhamos gravado e rapidamente conseguir as linhas vocais juntos - essa foi a gota de água, parecia que tinha batido numa parede. Tive muita dificuldade em fazer as vozes para o álbum e, em retrospetiva, é impossível dizer quanto disso foi devido à complexidade do material, e quanto se deve ao excesso de tempo a trabalhar. Independentemente disso, o resultado foi o mesmo - eu fiquei esgotado e durante algumas semanas dormi quase 14 horas por dia.

Levei vários meses para voltar a um estado em que senti que poderia dar mais do que pequenos passos para produzir letras e linhas vocais decentes. No entanto, não foi um desperdício completo - descobri "Hyperion Cantos" durante esse tempo.

No final, demorei tanto para terminar as vozes que falhei o prazo que pretendíamos com a nossa editora - algo que nunca tinha acontecido. Estranhamente, depois de ter "falhado”, as portas da inspiração abriram-se novamente e escrevi as minhas letras favoritas em todo o álbum.


M.I. – Disseste que, depois disso, escreveste as melhores letras do álbum. A que músicas te referias?

Essas eram as letras de “Hyperion”!


M.I. - Como é para vocês terem as vossas primeiras tours como headliners na Europa e nos EUA? Como é que os Wheel cresceram tão rápido?

Olhando para trás, não faço a mínima ideia. Nunca esperámos o tipo de resposta que recebemos para “Moving Backwards” e parecia que tudo ia do 8 ao 80 durante a noite. Sempre sentimos que estávamos num momento especial com a música que escrevemos, e posso provar o quão fantásticos os outros membros da banda são no que fazem, mas nada nos poderia ter preparado para o que aconteceu depois de o álbum ter sido editado. Tínhamos feito menos de 20 concertos antes do álbum ser lançado e, em 2019, tocamos bem mais de 100 vezes ao vivo. Foi um ano maravilhoso para nós e estamos todos animados para voltar, e fazer tudo novamente com o nosso novo material.

A tour europeia também foi incrível, o público foi maravilhoso e foi muito gratificante poder tocar concertos mais longos todas as noites. Alguns desses espetáculos foram realmente loucos. É uma pena que não tenhamos ido para os EUA devido a complicações com os vistos, mas, na realidade, não teria sido possível ir de qualquer maneira por causa da Covid - definitivamente está no topo da nossa lista de tarefas chegar ao outro lado da lagoa assim que pudermos.


M.I. - Como tiveram a oportunidade de fazer uma tour com os Soen e, agora, com Epica e Apocalyptica? Vão tocar em grandes palcos...

Nós estamos na mesma agência que os Apocalyptica e, na verdade, o Paavo (Apocalyptica) é a razão pela qual a empresa nos contratou. Eu estava a trabalhar como produtor de uma gravação em que o Paavo estava a tocar com um amigo que temos em comum, Tipe Johnson, e quando ele ouviu a primeira demo dos Wheel, perguntou se lhes poderia mostrar. O Ulysses, da Odyssey Music Management, viajou para a Finlândia para ver o nosso segundo concerto e temos trabalhado com eles desde aí. A rede da Odyssey tem sido fundamental para garantir todas essas grandes slots e, tendo trabalhado de perto com eles há cinco anos, eu, de facto, só posso dizer coisas boas deles.

Estamos muito entusiasmados para fazer a tour com Epica e Apocalyptica em 2022 - acho que o novo material vai soar incrível nos palcos maiores!


M.I. - Como vês a cena atual do Prog? Achas que o género tem conseguido renovar-se?

Acho que o Prog não vai a lugar nenhum, o que é ótimo de ver. Eu acho que, como todos os nomes de géneros que tentam abranger 'não' sendo um nome de género (como 'alternativo' e 'indie', por exemplo), por mais ilimitado que um estilo possa reivindicar ser, há sempre tropos que acabam por se tornar sinónimos do título do género - a este respeito, o Prog não é diferente.

Falando num cenário mais amplo, acho que existem algumas bandas incríveis, a fazer música progressiva atualmente - é um ótimo momento para fazer parte disso. Em termos do Prog se renovar no futuro, definitivamente há uma onda de grandes bandas novas a fazer música progressiva, mas como em todos os géneros, há sempre espaço para mais inovação.


M.I. - Quais são as tuas principais referências no Prog, ou no Metal em geral?

Atualmente, há um grande número, mas vou referir todos os que consigo pensar agora: Karnivool, Tool, Meshuggah, Radiohead, Mr Bungle, Faith No More, Alice in Chains, Soundgarden, Nirvana, Pantera, Rage Against The Machine, Massive Attack, Led Zeppelin, Opeth ...


M.I. - Quais são vossos objetivos a curto ou longo prazo? Têm um plano definido para a banda?

A curto prazo, estamos a ensaiar muito, pois é praticamente tudo o que conseguimos fazer de há algum tempo para cá. Pensando mais a longo prazo, já estamos a experimentar algumas ideias novas de músicas, embora estejam nos estágios iniciais de desenvolvimento. Queremos fazer uma tour assim que for seguro para nós - as músicas soam muito bem no álbum, mas vão soar ainda melhor ao vivo ...


M.I. - Como foi tocar em Portugal? O que pensas do público português?

Adoro tocar em Portugal - tocámos duas vezes aí, em 2019 com Soen no Porto e em Lisboa, (o Joel dos Soen veio cantar “Wheel” connosco no Porto, o que foi muito divertido - se alguém tiver um vídeo dessa noite, carregue!) e voltámos no verão do mesmo ano para tocar no Comendatio Music Festival, que foi incrível.

Adoro a energia dos fãs portugueses e o país é lindo. Está muito alto na nossa lista de países que temos revisitar o mais rápido possível!


M.I. - Muito obrigado pelo teu tempo. Por favor, deixa uma mensagem final aos leitores da Metal Imperium.

Obrigado a todos por dedicarem o vosso tempo para ouvir a nossa música e por todo o vosso apoio - nós não tomamos nada disto como garantido e apreciamos, sinceramente, cada um de vocês. Keep it Wheel e digam-nos o que pensam sobre o novo álbum nas redes sociais - muito amor da Finlândia para todos vocês.

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Entrevista por Francisco Gomes