Numa recente entrevista para a "Kerrang! Radio", Mike Shinoda, vocalista, guitarrista e produtor dos Linkin Park, falou sobre o álbum de estreia da banda, "Hybrid Theory", que segundo o músico, ajudou a quebrar as fronteiras existentes entre géneros musicais, ao combinar diferentes estilos dentro de um álbum.
"Faz parte de uma declaração de missão dos Linkin Park. Antes de sermos os Linkin Park, fomos os Hybrid Theory. A nossa banda chamava-se Hybrid Theory, muito antes do nosso álbum de estreia ser lançado. Nós desempenhámos um grande papel. Nenhum de nós tentaria afirmar que quebrámos todas as fronteiras entre os géneros musicais, mas sinto que desempenhámos um papel na quebra dessas fronteiras.", disse Mike.
"É engraçado, porque penso que alguns músicos da nova geração, nem sequer sabem como as coisas eram antes de bandas como nós, e depois, com álbuns como o "Hybrid Theory", e assim por diante, mudaram a forma como as pessoas olhavam para a música. Nasceu depois disso uma mistura musical. Agora é apenas a forma como se ouve a música atualmente. Quando questionamos alguém sobre qual é o seu tipo de música preferido, a resposta será: 'Gosto de qualquer coisa.'", continuou o músico.
"Quando eu era apenas uma criança, se alguém dissesse: 'Qual é o teu tipo de música preferido?', tinhas duas respostas, rap ou metal, e era um tipo específico de metal, era só isso. Agora, as pessoas nem sequer pensam nisso. Ouves tudo. Conheci Led Zeppelin porque os Beastie Boys fizeram um sample da música deles. O meu primeiro concerto foi Public Enemy, com Anthrax e Primus. Então, todas aquelas bandas estavam a preparar o caminho para me ensinar sobre o que é a mistura de géneros musicais. Entretanto, os Rage Against the Machine tinham acabado de aparecer na cena musical. Uma loucura!", completou Mike Shinoda.
"Hybrid Theory" foi editado em outubro de 2000 e foi o grande sucesso da banda, que se tinha formado em 1996, e que até lá tinha tocado em várias salas de espetáculos de Los Angeles, durante esses anos.
Abaixo poderá ouvir a entrevista ao músico:
Por: António Pata - 20 março 21