Por parte dos fãs, perante o sucedido, a reações foram dúbias. Se houve quem compreendesse, também houve quem se sentisse enganado e atacasse a banda, embora pistas óbvias sinalizassem que “L’Ultimo Concerto” não seria um evento standard.
Em todo o mundo, desde o início da pandemia, foram muitos os espaços de entretenimento que fecharam portas. Em Itália, tal como noutros países, se os concertos não regressarem em breve, alguns destes espaços poderão nunca mais abrir. Por estes motivos, os Lacuna Coil consideraram pertinente a participação nesta espécie de “greve”, que, para que tivesse o efeito pretendido, dependia de sigilo.
"O que fizemos foi participar numa greve italiana", disse Scabbia, "e estou aqui a explicar em inglês porque muitos de vocês, provavelmente, não conseguiram ler o que estava escrito no site e não conseguiram descobrir que este evento já era muito estranho desde o início, porque mais de 120 bandas italianas a tocar em diferentes salas de espetáculos ao mesmo tempo já era algo muito incomum.”
Em resposta aos fãs que se sentiram traídos por este protesto silencioso, Scabbia esclareceu: ”Alguns de vocês escreveram que é inútil atacar ou usar os fãs, o que nunca fizemos intencionalmente. Bem, pensem no facto de que a banda é seguida por muitos jornalistas, então os vossos comentários raivosos estão a ajudar ainda mais a cena musical, porque as pessoas verão isso e verão que a música, sem as salas de música ao vivo, está a perder uma grande parte.”
Esperançosa de que a ponte entre os fãs e a banda poderá ser reconstruída assim que os Lacuna Coil regressem aos palcos, principalmente no que diz respeito aos fãs, Cristina Scabbia admitiu que o desfecho obtido não correspondia ao pretendido.
Por: Mafalda Torrinha - 03 março 21
