About Me

Entrevista aos King Baal


Os King Baal são uma das mais recentes bandas do panorama português. O quarteto, que nos revelou que tem dificuldade em definir-se musicalmente, combina o canto lírico com momentos mais negros e agressivos, sempre com uma vertente sinfónica bem presente. O primeiro álbum, “Conjurements”, foi lançado no passado dia 28 de janeiro e deu o mote para a nossa conversa com a Joana Carvalho (voz) e Narciso Monteiro (guitarra e voz). 

M.I. - Quando se formaram os King Baal e como é que surgiu o vosso encontro? 

Joana: Bem, força, Narciso, tu é que começaste a banda, não é? (risos) 

Narciso: Já sabia, eu olhei para tua cara, vi logo que ia sobrar para mim. (risos) Ora bem, os King Baal surgem como a evolução natural de uma coisa que eu estava a fazer na música. Portanto, eu venho de outros projetos que estavam no ativo há alguns anos, que eram os Heylel, que, entretanto, decidiram parar a atividade. Acabámos por nos separar depois do último trabalho, e eu estava precisamente a preparar algo que fugia um bocado, musicalmente, àquilo que os Heylel faziam, porque erámos uma banda de rock progressivo. E estava a preparar um trabalho consideravelmente mais negro ainda, mais denso e mais pesado. Achei que era o caminho certo para criar algo completamente novo. E daí surgiram os King Baal. Um dos membros que está connosco, o João Amorim, baixista, vem comigo dos Heylel, precisamente. E pelo caminho, à procura de elementos, cruzei-me, quer com o Luís, quer com a Joana. Trocámos gravações, eu disse-lhes “é isto que eu tenho, são estes os sistemas que estão em trabalho. O que é que vocês acham? Gostavam de trabalhar sobre isto?” Eles ouviram, gostaram daquilo que ouviram, pelo menos gosto de acreditar que sim, responderam-me que sim... acho que estavam a falar verdade. (risos) 

Joana: Sim, claro. (risos) 

Narciso: E começaram a introduzir o seu cunho, o Luís na bateria, a Joana nas vozes, e a trabalhar sobre eles, a trocar ficheiros comigo e a mostrar o que estavam a fazer, até chegarmos à versão em que “ok, é mesmo isto, vamos avançar.” 


M.I. - Muito bem. Joana, queres acrescentar alguma coisa? 

Joana: Não, é que eu apareci assim mesmo do nada, porque vi um anúncio, não conhecia ninguém de lado nenhum. Vi um anúncio e pensei “ah, vou tentar” e então mandei mensagem. Foi mesmo assim do nada, e pronto. 


M.I. - Tocaste num ponto, Narciso, que eu vos queria perguntar. Sei que alguns de vocês tocam noutras bandas, já falaste de ti e do baixista... Que bandas são essas, e de que maneira é que isso contribui, ou contribuiu, para a vossa música em King Baal? 

Narciso: Os Heylel, no meu caso e no caso de João, contribuíram imenso porque, não só eu já toco com o João há vários anos, como já gravamos vários discos juntos. No caso dos Heylel, já tocámos muitas vezes juntos, portanto, aquela sinergia que nós trazíamos do projeto, reflete-se em King Baal, até porque a temática de King Baal não é assim tão diferente do outro projeto. Musicalmente é um bocadinho, mas a temática nem por isso. No caso do Luís (Moreira, baterista), certamente conheces os Lyfordeath e os Sotz, por exemplo, e os Nihility... O Luís toca, sei lá, se existirem 100 bandas em Portugal, o Luís toca em 50. (risos) 

Joana: É verdade. (risos) 

Narciso: Portanto isso reflete-se. O Luís cai naturalmente no thrash, é a onda favorita dele, mas tanto toca thrash, como depois está, no nosso caso... Sei lá o que chamar ao nosso estilo... (risos) e eu gosto disso. Gosto do facto de ser muito difícil colocar uma etiqueta no que nós fazemos. 

Joana: Exatamente. Pois é... 

Narciso: É, mas, portanto, ele toca em todos esses meios diferentes. Ele diz-me que só não toca em Black Metal porque odeia pintar-se. (risos) 


M.I. - Disseste que a temática que vinha de Heylel revia-se também aqui em King Baal. De que forma? 

Narciso: Sobretudo na temática. Ou seja, o tipo de assuntos que eu gosto de explorar liricamente. É muito relacionado com o satanismo, com os dogmas, com alguma filosofia, sobretudo na vertente religiosa, o comportamento da sociedade e o comportamento humano. Eram temas que eu utilizava no outro projeto e refletiram-se aqui, até de uma forma ainda mais... Enquanto que em Heylel, eu por vezes dava ali uma espécie de lavadela para disfarçar aquilo um bocadinho... Disfarçar, não com o intuito de esconder, mas colocá-lo mais metafórico; aqui foi tornado bastante mais direto e explorado mais profundamente, apesar de, por detrás de muito daquele dramatismo que podes encontrar nas letras, existir uma mensagem que às vezes é muito mais mundana, quotidiana e social do que aquilo que possa parecer. Mas só o facto de eu também ser o principal compositor de King Baal e já o ter sido em Heylel... É a minha forma de compor, portanto é natural que traga muita coisa parecida. 


M.I. - Sim, e tocaste aí num ponto interessante... Ao longo do disco, como acabaste de dizer, estão presentes várias referências ao satanismo, que eu acho que são particularmente evidentes na “The Great Judgement”. E a pergunta é precisamente essa: qual é a vossa relação com a temática do satanismo (que normalmente é mais evidente em Black Metal, mas não só).  É apenas artística ou é mais pessoal? 

Narciso: Queres abordar tu primeiro, Joana? A minha resposta é muito simples. (risos) 


M.I. Se calhar até já a deste. (risos) 

Joana: No meu caso, eu interesso-me pela temática do satanismo porque, lá está, é olhar para Satanás como um símbolo, e eu vejo-o como uma figura rebelde que se opõe a determinada coisa. Ninguém está aqui a louvar e a acreditar que existe uma força superior, não é nada disso. Eu vejo mais precisamente como algo simbólico, apesar de não seguir o satanismo, só me interesso pelas histórias e pelas figuras em si mesmas. E depois tenho as minhas próprias interpretações e filosofias de vida que encaixam no niilismo, no existencialismo, mas não sigo o satanismo em si mesmo. Apesar de me interessar imenso por ser, lá está, uma figura rebelde que se opõe, que pensa por si própria... acabo por interessar-me bastante por causa disso. 

Narciso: Eu subscrevo inteiramente aquilo que a Joana disse, as referências que eu uso do satanismo são ateístas, portanto, não acredito numa entidade divina, porque isso é um comportamento igual ao comportamento de rebanho. Seria apenas isso, só que do outro lado, portanto o satanismo é precisamente a perspetiva de opor. Primeiro na parte do conhecimento, porque o satanismo defende interrogar tudo, questionar tudo e procurar sempre o conhecimento. E segundo, é precisamente uma oposição. É exatamente isso, uma oposição ao comportamento de rebanho, portanto, o que a Joana disso está perfeito. 


M.I. - Entretanto já afloraram este assunto, mas também gostava de vos perguntar como é que funciona o vosso método criativo, isto é, se têm tarefas distribuídas de uns comporem a música, outros as letras, por exemplo. Ou se trabalham todos em conjunto. Penso que já referiste que és o principal compositor (Narciso), mas não sei se ainda assim és tu que “fazes tudo” ou como é que funciona? 

Joana: É assim, nós só podemos falar ainda sobre um álbum, não é? Como é que correu este álbum. Porque eu, quando entrei... depois o Narciso pode aprofundar esta parte de como foi a criação. Mas eu, quando entrei, foi-me apresentado um álbum já todo feito. Eu cheguei e ouvi...  


M.I. - Incluindo letras? 

Joana: Incluindo letras, mandaram-me as letras e as músicas, e depois eu fiz adaptações nas linhas vocais, porque... Nós achámos que aquilo estava um bocado pobre, então eu mudei aquilo tudo e fiz a minha adaptação, mas a música já estava criada e as letras também. Depois eu é que fiz algumas alterações. Agora o Narciso pode aprofundar como é que foi esse processo. 

Narciso: Eu penso que uma questão que será relevante é que o próximo trabalho será bastante diferente deste, nesse aspeto. Porque, tal como a Joana referiu, quando ela surge, está tudo pronto. Ela fez sérias alterações na voz, e ainda bem porque melhorou imenso aquilo que nós tínhamos. Mas a base, as letras das músicas, os arranjos, estava tudo pronto. 


M.I. - Aí foi trabalho teu ou os restantes membros já estavam? 

Narciso: Já estavam os restantes membros, o Luís entrou talvez um mês antes da Joana, portanto, ele fez uma grande adaptação da bateria. Até porque é o instrumento onde eu sou pior e eu, por norma, quando estou a criar toco os instrumentos todos, e tento cantar para demonstrar como é que pretendo que aquilo que funcione e... Se calhar ainda canto pior do que toco bateria. (risos) Mas em termos de execução de um instrumento a bateria é a que eu sou pior. Portanto, o Luís teve muita margem para mudar aquilo, mas a base estava lá. A forma como a música encaixa, como os arranjos estão feitos, estava tudo lá, portanto, não havia assim muito contributo em termos da construção base das coisas a alterar. O próximo trabalho será completamente diferente nisso, porque já será um trabalho muito mais feito em grupo e em conjunto e não tão individual. E ainda bem, porque acho que é precisamente a dinâmica das diferentes ideias que que enriquece as músicas. 


M.I. - Relativamente ao álbum em si, quase todos os temas têm uma introdução orquestral ou coral, que servem muitas vezes de ligação entre as músicas. Tiveste alguma preocupação em criar uma unidade no álbum todo, dando um lado mais conceptual, ou apenas pensaste música a música, no que funciona melhor? 

Narciso: É uma pergunta complicada. Eu normalmente penso nos discos de forma conceptual. Gosto disso. Mas não estava a pensar neste disco. Ou seja, as músicas foram sendo construídas, apesar de terem uma linha muito comum, e é isso que faz com que ele pareça conceptual, mas elas foram construídas de uma forma minimamente independente. Mas efetivamente, talvez por o meu cérebro estar tão direcionado para aquela temática, para aquela forma de criar, elas acabaram por se interligar e o disco quase que parece... podemos dizer que é um falso disco conceptual. Ele cola como tal, mas não era suposto ser. 

Joana: É verdade. Já várias pessoas notaram isso noutras entrevistas, ou reviews ou qualquer coisa, e que questionam “hmm, isto parece um disco conceptual” e nós tipo “sabes que foi sem querer?” (risos). 

Narciso: Exato, exato. (risos) 


M.I. - É porque acaba por haver muita coerência, tanto nestas introduções que eu falei como na temática lírica, etc. Então isso cria toda uma atmosfera que mesmo que trocassem a ordem das músicas, se calhar continuaria a soar a um álbum conceptual. 

Joana: Sim, sim, eu acho que não. Parece aqueles álbuns que parecem que foram uma mistura de músicas do género “ah, tinha aqui estas músicas feitas e agora mistura tudo”. Não, parece que foi uma coisa criada com uma linha. Eu percebo isso, sim. 


M.I. - Como disseram, têm dificuldade em definirem-se em termos de rótulo. No entanto, parece mais ou menos evidente que a vossa principal influência acaba por ser o metal sinfónico. Que outros géneros musicais é que gostam de ouvir e de que forma é que acham que influencia a vossa música?

Narciso: Eu venho de um background altamente progressivo. Eu sou, podemos dizer, quase fanático por aquele rock progressivo do final dos anos 60 e no início dos 70, aquela mistura entre o progressivo e o psicadélico. Os primeiros trabalhos de Pink Floyd, The King Crimson... Eu sou louco por King Crimson!  Portanto, isso não tem nada a ver com metal, mas influencia muito, mesmo muito. 


M.I. - Tem muito a ver com Metal... 

Narciso: Pois, exatamente. Se desenvolvermos isto, vamos lá chegar porque tudo começa aí. Depois os clássicos, naturalmente, como Black Sabbath e Led Zeppelin. Tudo isso, portanto, eu cresci a ouvir a esse estilo. Isso influencia-me. Depois nas coisas mais recente e mais duras, eu sinto-me atraído por bandas como Cradle of Filth, por exemplo. São uma grande referência minha, que eu adoro e que me dá imenso prazer ouvir. E, apesar de não fazer uma música tão extrema, tão bruta como a deles, e eles são... Aliás, eu na altura em que construí este disco estava vidrado no “Cryptoriana” (mais recente álbum de Cradle of Filth) e esse disco influenciou-me imenso. Eu acho que em temas como a “Fragments” talvez se consiga perceber um bocadinho dessa influência. Portanto, eu não sou fixo, não posso dizer “eu gosto de metal, ponto”. Não é verdade. Gosto, quer de Black, de Death... Thrash nem por isso, ok, confesso. Não é uma coisa para onde eu caia muito, não atino muito com a sonoridade. Mas desde os clássicos até agora. Neste momento estou, por exemplo, coladíssimo a Tribulation. Estou a adorar a sonoridade deles e é uma coisa que eu ando a ouvir imenso e que certamente também há-de... porque o que nós ouvimos influencia aquilo que nós fazemos, quer se queira, quer não. E, portanto, eles hão-de acabar por me influenciar. Já não ouvia nada assim há algum tempo. Tão gótico, tão objetivo e tão direto como os Tribulation. Estou a gostar imenso. 

Joana: As minhas maiores influências estão no Symphonic Metal, completamente. Mesmo que não lhe chamemos “Symphonic Metal”, eu ouvia Metal ou assim, e tudo o que metesse uma orquestra ou algo parecido com isso, atraía-me de uma forma... A música clássica a entrar no Metal, para mim é a minha maior influência e mesmo que eu ouça outros géneros, eu vou sempre parar ali, portanto...


M.I. - A banda não foi criada, nem a música foi composta ou gravada em tempo COVID, certo? 

Narciso: Gravado foi, claramente. Algures entre agosto e outubro, mais ou menos. 

Joana: Sim, a formação completa foi durante o COVID mesmo. Juntámo-nos todos no verão do ano passado. 


M.I. – Ok, pensei que fosse antes... como é que foi para vocês estrear uma banda e um álbum em tempos destes? Nunca pensaram adiar o lançamento, ou reestruturar o planeamento que tinham para o lançamento do álbum? 

Joana: Foi assim, eu quando comecei a falar com o Narciso e ele me apresentou o projeto, e quais eram os objetivos, nós estávamos no verão do ano passado. Eu lembro-me dele me dizer que “vamos agora gravar o álbum e pensamos em lançar lá para o fim do ano, numa altura em que as pessoas se calhar já estão a desconfinar, já teremos passado isto.” (risos) “E vai haver uma procura por... nem que seja concertos pequeninos ou qualquer coisa” e eu “parece-me bem” porque foi naquela altura em que estávamos todos a achar que ia ser assim, que as coisas passavam, não é? Depois, gravámos o álbum, o tempo foi passando, conseguimos contrato com a editora também. Eu acho que nem sequer pensámos em adiar o lançamento, porque ao mesmo tempo... é chato para promover a banda, porque não podemos dar concertos, mas, ao mesmo tempo, as pessoas estão em casa, e se é para ter contacto com o álbum, acho que acabam por conseguir tê-lo, porque anda tudo online e as coisas conseguem propagar-se muito facilmente. E foi tudo muito natural, apesar de não darmos concertos, acho que não se pensou adiar. Creio eu. 

Narciso: Sim, eu acho que é exatamente isso. Nós, quando acabámos de gravar, sabíamos como é que ia ser o inverno, no qual ainda estamos. Cheguei a falar com a Joana sobre a possibilidade de darmos pelo menos um concerto de apresentação em dezembro, mas depois passada uma semana ou coisa assim, percebemos logo que isso não ia acontecer de todo.  Entretanto, surge-nos a Wormholedeath com a proposta que nos fizeram e com datas específicas para lançar o disco e tudo, e nós “ok, vamos lançar”. Nós sabemos que o problema que vamos ter aqui, e do qual eu sinto falta, é de podermos promover o trabalho em espetáculos, mas certamente que essa altura há de chegar e neste momento concordo plenamente com a Joana, tiramos proveito do facto das pessoas estarem a consumir música digitalmente. E, portanto, vamos continuando a nossa promoção, vamos continuando o trabalho e esperamos que, quando isto abrir, nós possamos tocar e que as pessoas estejam como nós estamos... sedentos de assistir a concertos. 

Joana: Totalmente. 


M.I. - Falaram da editora... como é que surgiu a proposta deles? 

Narciso: Eu contactei-os, como faço de cada vez que acabo um disco. Pego nos temas que acho que são um exemplo e numa planificação daquilo que se pretende com o disco, e envio para diversas editoras. E tivémos isto, que é naturalmente um bom sinal, várias respostas positivas, era algo que nunca me tinha acontecido, e uma delas foi a da Wormholedeath, que era a mais interessante, de todo, em termos daquilo que tinham para nos propor. Eu já conhecia a Wormholedeath do passado. Aliás, já tinha tentado trabalhar com eles com a minha outra banda. Eles não me quiseram. (risos) E desta vez disseram que sim, e fizeram uma proposta. E eu “ok, vamos”. Vamos porque eu gosto do trabalho deles e estou a gostar, e acho que tem funcionado bastante bem. 


M.I. - Que objetivos têm, se têm, para King Baal? Pensam num projeto a médio-longo prazo ou vão pensando mais no que fazer agora? 

Joana: Eu acho que a primeira ideia é esperar quando é que podemos dar concertos. Eu acho que todos ambicionamos e acreditamos no projeto e não estamos aqui a lançar um álbum e agora acabou, não. Queremos promover e chegar ao maior número de pessoas. 


M.I. – Claro, que acreditam no projeto não tenho dúvidas, mas referia-me aos objetivos definidos, digamos assim.

Joana: Pronto, eu acho que é chegar ao maior número de pessoas, e já começamos também a pensar num próximo trabalho. Porque, lá está, enquanto estamos todos enfiados em casa, também ninguém dá concertos, também estamos aqui... e vamos fazer outras coisas. Mas eu acho que o principal objetivo é ver até onde é que podemos alcançar o público, e tentar alcançar o máximo possível, seja através de concertos, online... Temos apostado muito online. Mas acho que é isso principalmente. 

Narciso: É exatamente isso, ou seja, o projeto não foi pensado para ser a curto prazo, portanto, vamos apostar nele enquanto acreditarmos e vamos continuar a construir. Até porque é um trabalho progressivo. Tenta-se fazer cada vez melhor e crescer, e, portanto, pretendemos que seja um projeto que vai ter o seu crescimento e continuar a lançar trabalhos, cada vez alcançando mais gente. Portanto, esperamos construir uma fanbase boa, atingir o máximo de pessoas como a Joana disse, e espero que em breve, seja lá o que isso quer dizer neste neste momento, então que se possa estar a atuar. E, entretanto, como a Joana disse e bem, já que estamos aqui sossegadinhos, enquanto fazemos promoção, vamos criando coisas novas... Porque é inevitável, não é? Se não estamos a tocar, não conseguimos largar os instrumentos, nem largar aquilo que gostamos de fazer, portanto, vão saindo outras coisas e vamos aproveitando para adiantar trabalho. 

Entrevista por Francisco Gomes