Um novo disco de Colosso é sempre sinónimo de qualidade. No caso de "Hateworlds", a surpresa surge na rapidez com que apareceu, pois ainda não passou um ano sobre o EP "Apocalypse" e menos tempo ainda sobre o último de Axia e o EP de Octopod, trabalhos em que também esteve envolvido Max Tomé.
Diferente de "Apocalypse", como acontece sempre entre discos do projeto, o disco reúne diversas influências, como no arranque de "Graveyards" a trazer Slayer à memória, para mais tarde a referência já ser Gojira.
"Hatred" é já um technical death a que Colosso habituou os ouvintes, mas a multiplicidade sonora não se esgota, quer por iniciativa da diversidade da bateria do regressado Dirk Verbeuren, como o início da faixa título, ou em outros pormenores em que o atual Megadeth, brilha. Também Max Tomé acerta bastante, quer nas cordas, quer na composição dos temas, fazendo deste quarto longa duração, se "Abrasive Peace" ficar de lado, um dos melhores registos do grupo e também dos mais variados.
Exemplo da variedade é o groove introduzido em "Faceless", os vocais de Miguel Inglês em "Despised", ou "Dias Piores Virão", tema praticamente acústico, verdadeira surpresa no caos organizado deste disco tão complexo quando catchy. Um bom início de ano.
Nota: 8/10
Review por Freebird