E o que seria do baterista e maior promotor da história da banda se dissesse o contrário, certo? As opiniões em relação aos álbuns da banda serão sempre desagregadoras. Há quem diga que os Metallica deixaram de ser os Metallica com a viragem de século (leia-se “com o 'St. Anger'”), há quem diga que foi após o lançamento do Black Album, após a morte de Cliff Burton, ou até mesmo que o único bom álbum da banda foi o estreante “Kill ‘Em All”. Independentemente das opiniões, Lars Ulrich justifica o seu próprio ponto de vista, em declarações feitas para a revista Classic Rock, de forma bastante válida:
“Se não achássemos que o nosso melhor álbum ainda está para vir, para quê continuar sequer? Nos Metallica, adoramos o processo criativo. É-me difícil imaginar que alguma vez venhamos a parar de compor álbuns (…) Compor deixa-me sempre entusiasmado quanto ao que vem a seguir. É uma espécie de ‘foda-se, temos aqui uma oportunidade para fazermos o nosso melhor álbum, para ainda fazermos a diferença’”.
Quanto ao regresso aos palcos, contudo, Ulrich não oferece uma perspetiva de curto-prazo assim tão otimista – como seria de esperar, convenhamos –, apesar de considerar que esse regresso será um ponto de viragem definitivo:
“As boas notícias quanto aos concertos ao vivo [são que] quando os Metallica e outras bandas como os Metallica voltarem a tocar em grandes arenas ou estádios novamente, aí podemos basicamente contar com a COVID, como a conhecemos, ter chegado ao fim”.
O mais recente álbum dos Metallica, “Hardwired… To Self Destruct”, foi lançado em 2016 pela sua própria editora independente, Blackened Recordings. Com um possível lançamento em 2021 ou 2022, poderemos contar com um regresso dos Metallica a Portugal para breve?
Por. Daniel Lucindo - 05 janeiro 21