Numa entrevista recente para a American Songwriter, o baixista dos Kiss, também conhecido pelas ocasionais declarações que tipicamente provocam um enorme burburinho na comunidade do Rock, voltou a dar uso à sua carateristicamente enorme língua. Sem papas nela, Simmons não mostra qualquer tipo de problema em demonstrar orgulho no dinheiro que a sua carreira lhe proporcionou ao longo do tempo, defendendo que esse tipo de tomada de posições não deveria ser tabu.
“Não nos devemos regozijar da nossa riqueza, mas isso é uma treta. É uma treta porque se eu entrar nalgum lado e disser que valho umas centenas de milhões de dólares (…), as pessoas diriam ‘olha-me para aquele gajo, que besta!’ No entanto, se eu tivesse ganho a lotaria e não tivesse trabalhado um único dia na minha vida [pelo dinheiro que ganhei], as pessoas diriam ‘fantástico, ganhaste um porradão de dinheiro e não tiveste de trabalhar para isso!’ Eu trabalhei por cada tostão que ganhei. Eu é que devia poder dizer ‘olha só para o dinheiro todo que tenho’, mas não, não se pode fazer isso.”
“Não sei como dizer isto, mas é melhor ser-se rico do que pobre. É mesmo. Pode-se criar emprego quando se é rico. Pode-se doar dinheiro para filantropia quando se é rico. Nunca um pobre me deu trabalho. A pessoa que inventou a frase ‘o dinheiro é a raíz de todo o mal’ é idiota. O dinheiro não é a raíz de todo o mal, a falta de dinheiro é que é. O crime existe porque as pessoas não têm dinheiro suficiente. Uma das soluções para baixar o crime é dar emprego às pessoas, dar-lhes algo para fazer para que possam alimentar as suas famílias e não tenham de ir roubar. Essa é que é a saída. Nem vale a pena virem com os viciados em drogas, esse é outro assunto. Há muitos miúdos brancos ricos que são viciados em opiáceos e crack, mas essa é outra história e não sei o suficiente para poder comentar”.