Sobre este álbum e os próximos que já estão feitos (!), estivemos à conversa com o vocalista Sean.
M.I. - Olá! Obrigado por responderes às nossas perguntas! Como estás?
Não tenho feito nada além de gravar músicas e treinar. Estou prestes a começar minha temporada de snowboard e estou feliz por não haver digressões. Espero conseguir cerca de 40 dias de esqui neste ano.
M.I. - Parabéns pelo novo álbum fantástico! Uma grande dose de power metal tradicional na sua forma mais pura. Falando em Conquered Lands… Do que se trata? Eu sinto muita união, fraternidade e ligação humana nas canções. Não apenas entre os membros da banda, mas também entre a banda e os fãs. E, talvez, uma vontade de voltar ao passado?
Sim, definitivamente, há muito disso neste álbum. É engraçado como as pessoas precisam de descrever o estilo e acertaste em cheio. Foi assim que fui criado no metal. Metal é isso mesmo, eu adoro e estou feliz que haja pessoas por aí que ainda apreciam essas coisas. A maior parte deste álbum foi escrito há cerca de 4 anos. Naquela época, tive a sensação de que queria cobrir muitos tópicos diferentes das letras.
M.I. - Qual é a tua música favorita do álbum?
Essa é sempre uma pergunta difícil. A forma como funciona para mim é que, normalmente, muda a cada semana ou assim. Então páras de ouvir o teu próprio disco, voltas a ouvi-lo e existe uma nova canção favorita. A balada “22 Gone” ou, talvez, a faixa-título “Conquered Lands”.
M.I. - E aquela que, provavelmente, querias ter trabalhado mais?
Hmmm, talvez “Beauty and the Blood”. Mas essa saiu muito bem. Muita gente gosta dela. Depois de colocar essas canções na prateleira durante alguns anos, voltamos e analisamo-las com novos ouvidos, como o Stu Marshall gosta de dizer. Injetámos mais fúria em algumas partes e escrevemos algumas novas e tudo funcionou bem.
M.I. - Como é o vosso processo criativo? Quem faz o quê? Começam com a letra ou a melodia?
É tudo diferente. Este álbum era, principalmente, eu e Stu juntando tudo e o Ross adicionaria algumas ideias no final. Nos primeiros dois álbuns, o Ross esteve mais envolvido com a escrita, mas, desta vez, ele estava super ocupado e nós tínhamos de terminar. O Stu e eu entrámos no Skype e passámos algumas horas, principalmente, a começar do zero e as músicas iam saindo. Às vezes, tenho uma ideia de melodia vocal ou de guitarra com a qual começamos. O Stu e eu tornámo-nos uma equipe insana de compositores.
M.I. - Este álbum levou três anos e meio para ser feito. Porque demorou tanto para ver a luz do dia?
Bem, todos nós ficámos muito ocupados. Eu estava nos Denner / Shermann, Cage e, depois, Three Tremors. O Stu começou os Night Legion e o Ross estava nos RTB. Finalmente, encontrámos tempo para nos concentrarmos em terminar o álbum e pensámos em lançá-lo na minha editora, Steel Cartel Records. Tínhamos algumas ofertas de editoras mas, no final, dissemos: “Que se lixe! Faremos nós mesmos ”. Está a vender muito bem, por isso, estou feliz por termos feito desta forma.
M.I. – Vocês têm um novo membro. O que o Mike LePond trouxe para a banda? O que estava a faltar? Além de um novo baixo, claro.
Ele é, provavelmente, o melhor baixista do heavy metal. Escreveu algumas linhas de baixo incríveis para este álbum. Podes ouvir tudo isso que, realmente, acrescentaram um tom ao álbum e há uma quantidade incrível de áreas que ele melhorou. Mal posso esperar para subir a um palco com ele. Ele é uma besta. E adora o material também, o que é porreiro.
M.I. - Eu sei que a banda "começou" no Facebook. Como é que os contatos nas redes sociais evoluíram até o nascimento da banda?
Sim, começou no Facebook. Enviei uma mensagem a todos, a dizer que o Stu e eu queríamos uma nova banda e todos disseram que sim. É uma história muito engraçada. Se não perguntares, nunca irás saber se alguém vai dizer que sim ou não. Por isso, vai em frente!!
M.I. - Os Death Dealer são uma forma de manter vivo o metal clássico dos anos 80? Ou apenas um grupo de pessoas tocando o que mais gostam e fazem melhor? Qual foi o principal motivo da criação da banda?
Não estamos a tentar manter nada vivo. É isso que eu gosto de tocar. Porém, é heavy metal clássico na era moderna. Cobrimos todas as bases. Há uma forte dose de thrash no nosso material e também cobrimos estilos clássicos de headbanging, power, epicness e até hard rock. Ponho esta banda no palco contra qualquer coisa - a banda de black metal mais negra, a banda de death metal mais pesada, qualquer coisa. Estou acostumado a esse tipo de coisa com os Cage. Em tantos concertos onde somos a banda secundária, mas a maior parte das vezes, esmagamos todos sem piedade. Às vezes, não é a tua noite (risos)! Mas temos o poder de destruir.
Estou nos Cage, The Three Tremors e outra banda sem nome, por enquanto. O Mike LePond está em muitos, demasiados para mencionar. Não tenho certeza quais são as bandas e quais são apenas os álbuns que ele fez. O Ross também tem um monte delas. O Stu está nos Night Legion, na Austrália e o Steve, o baterista, está com o Ross na sua banda. Ufa!!
M.I. - Todos vocês são lendas. Com tantos anos de música, como mantêm a energia, principalmente, no palco? De onde vem essa força?
É apenas o amor pela música e o amor por tocar ao vivo. É realmente uma sensação ótima. Estamos a envelhecer, mas estou mais motivado do que nunca para criar coisas novas e lançar produtos incríveis de rock!!
M.I. - Com a situação do mundo atualmente, sem concertos, festivais, etc, como estão a promover o álbum?
Temos uma lista de e-mails avançada, onde os assinantes ganham músicas gratuitas e exclusivas (inscrevam-se em www.steelcartel.com!) E fazemos uma tonelada de publicidade em revistas impressas. Acho que fizemos um anúncio de meia página em 11 revistas europeias. Temos três publicitários e uma ótima rede de fãs nos meios sociais que realmente nos apoiam, o que é ótimo. Deste álbum e todos os meus álbuns daqui para frente, apenas libertar dois ou três músicas. Se quiseres ouvir o álbum, tens de comprá-lo e apoiar a banda e o metal.
M.I. - Embora já tenham lançado o terceiro álbum, já estão a trabalhar no quarto, certo? Quanto tempo falta? Alguma previsão de lançamento?
Sim, o quarto álbum está totalmente concluído. O quinto álbum também está quase pronto (risos)! É uma loucura. O quarto álbum, provavelmente, será lançado em setembro de 2021. Eu adoro o quarto álbum. Provavelmente, é o meu favorito dos que já fizemos. Devemos continuar a escrever e entrar no território do sexto álbum. Porque não? Eu também vou lançar um novo álbum de Cage no próximo ano e um novo álbum de Three Tremors. Ambos estão terminados.
M.I.- A pandemia acelerou a tecnologia e tudo o que tem a ver com a internet. Como tipos da velha guarda, são apologistas de produtos físicos. Mas pensando em tendências, é algo que acabará? A música digital é o futuro?
A música digital é, definitivamente, o futuro, mas recusamo-nos a distribuir os nossos álbuns gratuitamente, na data de lançamento. É estúpido. Estamos a divulgar as músicas para as quais lançámos vídeos e para o Spotify, mas não para outros sítios. O digital é conveniente, claro, e ninguém pode carregar um gira-discos no carro, mas o vinil é bem mais porreiro. Provavelmente, no próximo álbum incluiremos um cartão de download digital.
M.I. - Têm planos para depois da pandemia? Alguma digressão planeada?
Temos muitas ofertas, mas estamos apenas à espera, como toda a gente.
M.I. - Quase a terminar… Últimas palavras para os nossos leitores?
Obrigado pelo teu tempo e obrigado a todos os leitores. Confiram www.deathdealermetal.com e www.steelcartel.com e youtube.com/steelcartel
Um Hailz estrondoso !!
M.I. - Mais uma vez, obrigado pelo teu tempo. Espero vê-los num palco rapidamente! E fica seguro!
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Entrevista por Ivan Santos