É nesses mesmos moldes que surge então este segundo álbum. Quebrados esses tabus, era expectável continuarem a trilhar caminho, o mesmo caminho que já começaram a percorrer. Aqui podemos encontrar sólidos riffs de guitarra de Elliot Secrist, com distorção quanto baste, devidamente acompanhados pelo baixo de Kory Quist, muito presente e pela bateria de Brian Fell, este, um novo elemento, e é precisamente aqui que podemos encontrar a maior diferença entre este álbum e o seu antecessor. Esta bateria parece preencher melhor o som, é mais ativa.
Neste novo trabalho, este trio norte americano continua a explorar os temas, dando-lhes letras que evocam o sentimento de perda, a dor do luto e mesmo o desespero. Tudo muito deprimente na sua mensagem, portanto. Sendo vizinhos de uma comunidade mórmon, a sua música é uma verdadeira pedrada no charco, um grito de revolta do qual eles tanto se orgulham.
Estes temas já se encontram gravados desde 2018, mas foram alvo de continuas melhorias por ordem a soarem da forma que nos são agora apresentados. O lançamento do álbum ocorreu no passado dia dezassete de abril através da Prosthetic Records, editora que parece possuir o toque de Midas, pois tem a arte e o engenho de pegar em gravações com algum tempo e dá-lhes uma nova vida.
Uma coisa é certa, este novo álbum dos The Ditch and the Delta transpira raiva por todos os poros. Tem atitude, tem personalidade e não vai desiludir os fãs de sludge/doom, ao longo das sete faixas que o compõem.
Nota: 8/10
Review por António Rodrigues