Como é sabido os Testament chegaram mais tarde ao comboio do thrash metal, que já ia em andamento, em 1987, com o clássico "The Legacy". Se por um lado com a qualidade deste álbum entraram logo nos anais da história desse importante subgénero do metal, sem necessitarem de desbravar caminho como os Metallica, Exodus, Slayer ou Megadeth, Anthrax, entre outros, o atraso a nível de lançamentos relativamente a alguns destes nomes, não permitiu à banda de Chuck Billy, Eric Peterson e Alex Skolnick ter atingido níveis de popularidade semelhantes a alguns dos nomes supracitados. De qualquer dos modos, para o simples fã de metal, o sucesso comercial de uma banda importa pouco ou nada e o mais importante é a qualidade que os Testament proporcionaram a muitas pessoas, durante a maioria dos seus álbuns, incluindo o mais recente "Titans of Creation", ou pelo menos metade do mesmo.
Metade porque se é verdade que o novo álbum da banda norte-americana começa bem e que os temas como os singles "Children of the Next Level" e "Night of the Witch" têm indubitável qualidade, bem como a "Dream Deceiver", que é uma malha muito catchy, à medida que o álbum se aproxima do meio, o aborrecimento e a vontade de passar as músicas para a frente aumenta, com uma exceção evidente se falarmos da rápida "False Prophet". É inegável que músicas como "City of Angels", "Ishtar's Gate" e "Symptoms" são esquecíveis e não representam uns Testament no seu melhor. A recompensa vem no final do álbum com a música mais curta e grossa do álbum, "Curse of Osiris", uma faixa veloz, poderosa e com boas ideias.
A nível de execução o álbum é ótimo como não podia deixar de ser com estes músicos, sendo que o trabalho peca somente pela falta de chama nalguns temas, mas ainda assim "Titans of Creation" ficará bem na prateleira junto de CD'S como "The Formation of Damnation", "Dark Roots of Earth", "The Gathering", "The Legacy" e "The New Order".
Nota: 8/10
Review por Mário Santos Rodrigues