Este álbum homónimo dos Lamb of God é um trabalho que demonstra exatamente tudo aquilo que a banda norte-americana é, e foi, ao longo da sua carreira, contendo todos os ingredientes sonoros que fizeram com que estes conquistassem um enorme número de fãs durante as últimas duas décadas. No manual dos Lamb of God já está tudo escrito e inventado e a intenção destes músicos é claramente de continuar a fazer a sonoridade cheia de peso e groove que habituaram as pessoas.
Muitos pensaram que com a saída do excelente baterista Chris Adler, a banda se iria ressentir a nível da qualidade da sua música mas o mais recente membro Art Cruz (Winds of Plague e ex-Prong) seguiu as pisadas do anterior músico do coletivo, de modo a manter a qualidade na bateria e a não desvirtuar de algum modo o som de Lamb of God. Portanto, está visto que não será por aí que a banda de Randy Blythe vai perder fulgor nos próximos tempos.
A capacidade de escrever temas cativantes continua intacta, Mark Morton e Willie Adler voltaram a presentear os seguidores da banda com excelentes riffs e o Blythe continua a usar e abusar da sua voz poderosa e dinâmica. O álbum está repleto de destaques como por exemplo "Memento Mori", "Gears", New "Colossal Hate", "Poison Dream" e "Routes", sendo que estas duas últimas contam com as participações dos ilustres Jamey Jasta e Chuck Billy. Estas são duas presenças que fazem todo o sentido tendo em conta o elemento hardcore da sonoridade dos Lamb of God, bem como a influência thrash e mais particularmente de Testament, que este quinteto sempre teve, de um modo nem sempre óbvio mas por vezes mais presente do que propriamente a tão falada influência de Pantera.
Temos certamente Lamb of God para mais duas décadas, quem gosta vai continuar a gostar e quem não gosta pode esquecer porque está bem patente que a banda americana não irá mudar a sua sonoridade ou suavizar demasiado a sua música para agradar este ou aquele.
Nota: 8.5/10
Review por Mário Santos Rodrigues