Os Pestifer são aquele
tipo de banda que demora uma eternidade a lançar os seus álbuns, mas quando o
fazem, apresentam sempre algo em condições. Este último trabalho não é exceção.
“Expanding Oblivion” é um bom álbum de death metal técnico, muito na onda do
que eles fizeram com os anteriores.
Estes belgas, não
confundir com os Pestifer nacionais, fizeram um álbum conceptual muito Sci-Fi,
que aborda a tecnologia e a nossa ligação com ela, assim como a dependência da
mesma. A ideia não passa por pretender ser moralista, apenas nos oferece o
ponto de vista da banda.
Instrumentalmente os
temas estão muito bons, boas composições com um baixo a surgir em grande plano.
Podemos ouvir num ou noutro tema o som de um piano, que parece ser apenas
mais uma peça deste elaborado puzzle que este quarteto construiu. A voz de
Jérôme Bernard mantém-se gutural ao longo de todo o álbum, que conta ainda com
um trabalho de bateria muito sóbrio, contrastando com a imaginação que brota da
guitarra de Valéry Bottin, quer seja nos seus solos, ou nos seus riffs.
“Expanding Oblivion” é o
terceiro álbum dos Pestifer e conta com onze temas de elevadíssima qualidade,
que vão fazer as delícias dos apreciadores dos Atheist, Pestilence e Obscura, mas
também de bandas de death metal mais tradicionais. Como responsável pela
masterização do álbum esteve Victor Bullok, conhecido pelo seu trabalho com os
Triptykon que manteve o som da banda fiel a ela própria, dentro do registo que
eles próprios iniciaram há dez anos atrás com “Age of Disgrace”.
Este álbum, “Expanding
Oblivion”, foi lançado no passado dia treze de março pela Xenokorp e os temas
“Omnious Wanderers” e “Swallower of Worlds” foram os primeiros singles dele
retirados. Excelente escolha, na minha opinião.
Nota: 8.7/10
Review por António Rodrigues