França, Lyon,
Auvergne-Rhône-Alpes… Black Metal, e algo mais. Formados em
2009, este trio editou 3 álbuns antes deste “IIII”. De referir que, para lá dos
já referidos 3 álbuns, a banda editou um Split com o projecto francês, The
Austrasian Goat, e quem está a par do modus operandi destes, sabe o que esperar
destes Neige Morte. A estrutura musical – ou a desconstrução da mesma – “enrolada”
numa suposta lógica, dão origem a momentos caóticos, dissonantes, aparentemente
não musicais… uma série de agressões, por assim dizer, em catadupa.
7 temas que perfazem um total de 27
minutos e 33 segundos. Temas curtos – 58 segundos – e temas mais longos – 7
minutos e 14 segundos. Todo o álbum se assemelha a uma manta de retalhos, em
que a maioria destes encaixam, mas que infelizmente não conseguem criar uma
imagem inteiramente equilibrada. As próprias músicas, em dados momentos,
remetem-me para espasmos, frenéticas corridas mentais em redor de um poço…
Há um sentimento negro em torno do álbum.
Há, igualmente, um ar gélido e soturno. Há aromas fabris, metalúrgicos. Há,
essencialmente, um desepero latente, brilhantemente expresso nas vocalizações:
pesadas, insanas, em concordância com o instrumental. Excelente banda-sonora
para um futuro pós-apocalíptico.
Nota: 6/10
Review por Daniel Pinheiro