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Hellbound - "Overlords" Review


Quando ouvimos falar de uma banda sueca, imediatamente pensamos numa banda de death metal ou até power metal, mas nunca de heavy/groove metal e, sem sombra de dúvida, este álbum tem um som mais americano do que sueco.

Contudo, isso não é uma coisa má, pois este álbum está bem recheado de bons temas. A primeira música, “Too Fast to Die”, é um bom opener e permite ao ouvinte entrar no mood do álbum, com um ritmo constante e muito forte, especialmente no pós-refrão.

Deve ser salientada a qualidade de construção das músicas, que apresentam boas estruturas, nomeadamente nas músicas “Seven Seas of Pain” e “Out of Time”, dois dos pontos altos do álbum. Enquanto a primeira apresenta desde início um riff principal muito pesado, seguido de um interlúdio mais calmo que evolui para um grande solo, a segunda apresenta várias mudanças de tempo, com um belo interlúdio e solo, seguidos por um refrão e culminando num grande outro que vai descendo lentamente para um bonito solo de piano.

Por falar em piano, outro ponto interessante neste álbum são as diversas sonoridades que se encontram nele. Desde sons country na canção “Overlords”, que conta com harmónicas e com o que se assemelha a um banjo, a sons que puxam um lado mais soul, nomeadamente no refrão da música “Atlantis Rise”. Porém, se procurarem um som mais tradicional e groovy, podem optar pelas músicas “Towers Burning”, “Hand of Death” e “Screaming in the Dark”.

Esta última é, sem dúvida, a jóia da coroa do álbum, pelas mais variadas razões: o riff principal é muito bom; Miika Rudin faz aqui a sua melhor prestação vocal do álbum, soando, em tempos, como um Rob Halford renascido, tanto nas notas mais baixas, como nas mais altas; e o solo é dos melhores do álbum.

O álbum não é sem falhas, contudo. Quase todas as canções têm um começo pré-gravado, como que tirado de um filme, o que se torna um pouco aborrecido e não permite uma boa fluidez entre as músicas. Mas esta é apenas uma pequena falha num álbum que, de resto, é bastante bom e recomendável. Valeu a pena a espera.

Melhores músicas: “Seven Seas of Pain”, “Out of Time” e “Screaming in the Dark”

Nota: 8.6/10

Review por João Drumond