Este novo lançamento dos
Cryptex, poderá surpreender todos aqueles que escutem a sua música pela
primeira vez. “Once Upon A Time” é, no entanto, o terceiro álbum destes alemães
e dá continuidade aos anteriores, pelo menos no que à qualidade diz respeito,
pois ela tem vindo a aumentar. Se os anteriores trabalhos não trouxeram o
devido reconhecimento aos Cryptex, este parece querer fazê-lo.
Colorido, é como se pode
adjetivar este novo registo dos Cryptex. Este trio já vem lançando álbuns desde
2011, dando seguimento àquela continuidade de que falámos, mas este “Once Upon
a Time” é realmente melhor que os anteriores. Músicas mais belas, maior
variedade de instrumentos utilizados, de onde destaco o saxofone e o piano, o
que ajuda na composição dos temas, o resultado final deve realmente ser
realçado. Estamos perante um bom álbum de rock progressivo, poderoso mesmo.
Dentro desse registo onde
se movem (rock progressivo), eles souberam explorá-lo de forma bastante ampla,
não se agarrando a uma fórmula. Entre estes doze temas encontramos músicas
calmas “Because the Reason Is You” e “I Don´t Know Why”, outras mais poderosas
“Bloodmoon”, “Body Language” e “Haunted”, por exemplo, mas em todas elas
encontramos melodias capazes de encantar qualquer amante deste género musical,
daquelas que teimam em ficar no ouvido, como “The Promise Keeper”.
Se dúvidas houvesse
quanto à qualidade deste último trabalho dos Cryptex, elas são dissipadas
quando reparamos na quantidade de singles que já foram dele retirados:
“Bloodmoon” foi o primeiro a catorze de fevereiro; um mês depois foi a vez de
“Haunted” e cerca de quatro semanas antes do álbum ser editado, o que aconteceu
a oito de maio, foi a vez de “Two Horned Crown”, terceiro single deste registo.
Os principais
responsáveis pela composição dos temas são Simon Moskon, teclista e vocalista e
também André Mertens, guitarrista. Como dissemos, “Once Upon A Time” foi
lançado no passado dia oito de maio pela Steamhammer/SPV. Algo que eu tenho de
partilhar por considerar bastante positivo é o facto de o som destes alemães
soar bem, sem se assemelhar descaradamente com nenhuma outra banda. Pode não
ser totalmente original, mas é o melhor que se consegue por estes dias em que
já pouco há para inventar e isso merece ser destacado.
Nota: 9/10
Review por António Rodrigues