About Me

Entrevista aos Wolftooth


Os Wolftooth (ainda) não são uma banda muito conhecida, principalmente, deste lado do Atlântico. Mas não é por isso que deixam de ter um dos sons mais empolgantes dentro do Stoner/Doom. Um género que ainda só apela a um nicho, mas esta é uma banda que pode mudar isso e atingir outros patamares. Do estado de Indiana (Estados Unidos) e apesar de, como grupo, existirem apenas há 2 anos, cada membro é um veterano dentro da indústria. Veteranos que se pressionam uns aos outros na busca da melhor performance individual e coletiva possível.
Depois do álbum homónimo de 2018, este ano lançam “Valhalla”, um sucessor à altura do trabalho de estreia.
O fundador e guitarrista  Jeff Cole respondeu às nossas questões. Aproveitem!

M.I. - Olá! Como estás? Obrigado por responderes às nossas perguntas.

Estou bem. O prazer é meu.


M.I. - Vocês são uma banda muito jovem, com apenas 2 anos... Como descreves o grupo para aqueles que não o conhecem?

Eu diria que somos uma banda clássica de metal com uma pitada de stoner e heavy rock. As nossas letras são geralmente baseadas em fantasia e focadas em contar uma história.


M.I. - O vosso som é uma reminiscência da era dourada do heavy metal dos anos 80... Essa foi a melhor década para o metal?

Acho que sim. Claro que é apenas a minha opinião. Mas diria que o resto da banda provavelmente concordaria.


M.I. - Quais são as vossas maiores influências?

Para mim, diria Iron Maiden, Black Sabbath, Dio, Randy Rhoads - era Ozzy, Rainbow, Thin Lizzy e, provavelmente, C.O.C. para uma boa medida.


M.I. - Olhando para os grandes nomes do metal dos anos 80, qual a carreira da banda que gostariam de “imitar”, por assim dizer?

Essa é uma pergunta difícil. Provavelmente os Iron Maiden, porque acho que eles são tão relevantes hoje quanto eram há 30 anos.


M.I. - Como está o metal atualmente? Quem são as melhores bandas de metal hoje em dia?

Eu acho-o ótimo! Tantas ótimas bandas que mantêm a música viva. As melhores bandas de metal? Isso é realmente subjetivo. Eu diria que são as que mais te interessam.


M.I. - Falando agora do vosso último álbum “Valhalla”... As críticas foram positivas. Ficou como estavam à espera ou, ouvindo agora, fariam algo diferente?

Acho que sim. Queríamos manter algumas das coisas que funcionaram no primeiro álbum, enquanto tentamos explorar um novo território.


M.I. - Liricamente, sobre o que é?

Todas as canções têm a sua própria história. Todas as letras são baseadas em história, mitos e lendas.


M.I. - Tiveram um método para escrever o álbum ou as coisas saíram naturalmente?

Começamos sempre por escrever os riffs primeiro, depois a estruturação e a letra são escritas após o término da música. Uma nota interessante: nós escrevemos este álbum no estúdio. Tocávamos as ideias e depois fazíamos uma demo. Gravámos todas as músicas primeiro e quando conseguimos tudo da forma que queríamos, começámos a misturar.


M.I. - O vosso primeiro álbum foi um sucesso... Como foi tentar criar um sucessor à altura?

Decidimos fazer Valhalla melhor do que o nosso álbum de estreia. Queríamos que a composição, a performance e a produção fossem melhores. Passámos muitas horas no estúdio pressionando-nos uns aos outros para as nossas melhores performances.


M.I. - Quais são as principais diferenças entre os dois álbuns?

Eu diria que o novo álbum é mais focado musicalmente e a produção no geral é melhor.


M.I. - Vocês focam-se no nicho grunge / doom metal... mas de uma forma mais melódica. É uma maneira de alcançar um público mais amplo?

É assim que escrevemos. O Chris, o nosso vocalista, tem um ouvido fantástico para refrões e melodias cativantes.


M.I. - Quais foram as maiores dificuldades na criação da banda e no lançamento dos álbuns?

Diria o agendamento. Reunir quatro tipos numa sala, por um longo período de tempo, geralmente é o maior obstáculo para qualquer banda.


M.I. - A pandemia do Covid19 chegou no pior momento (não que haja um bom momento! ...)... Mas como é ter um novo álbum e não poder ir para a estrada promovê-lo?

É difícil, com certeza, mas temos uma boa equipa na Ripple e na Cursed Tongue Records para ajudar a divulgar o álbum. Mal podemos esperar para voltar à estrada!


M.I. - Atualmente, os EUA são o país com mais infectados do mundo. Os estados fecharam e só agora, aos poucos, estão a abrir. Como vês a situação no país? Como é que a indústria da música está a lidar com todas as limitações e restrições?

A promoção na internet tornou-se o foco de muitas bandas. Há muitas apresentações ao vivo, o que é ótimo! Os concertos começarão a acontecer à medida que as sanções forem levantadas. Muitos estados estão a reabrir neste momento. Irás ver mais bandas em digressão até ao final do ano e no próximo ano.


M.I. - E tu? Como ocupas a tua vida agora? Que mudanças é que o Covid-19 trouxe ao teu dia-a-dia?

Além de não poder dar concertos, a minha vida não mudou muito. Sou uma espécie de eremita!


M.I. - Ok, novamente, obrigado pelo teu tempo. Últimas palavras para os nossos leitores em Portugal? Obrigado e espero vê-los na Europa um dia!

O prazer é meu. Sim, gostaria de agradecer a todos os nossos fãs em Portugal, por todo o amor e apoio! Nós apreciamos isso! Stay Heavy!


For English version, click here

Entrevista por Ivan Santos