Os Thanatos são pioneiros no underground europeu e são a primeira banda de metal extremo holandesa. Sem querer aborrecer os nossos leitores com demasiada história, mas tentando sublinhar a importância deste protejo, podemos argumentar que Stephan Gebédi tem uma grande quota de responsabilidade pela instigação do movimento thrash/death que nos ofereceu projetos como Asphyx, Hail of Bullets, Pestilence, God Dethroned e até Gorefest.
Posto isto, “Violent Death Rituals” é o sétimo álbum de originais da banda fundada em 1984 e, se não é o melhor álbum da banda, é o mais memorável. A coleção de canções deste trabalho está recheada de riffs e ganchos orelhudos que, aliados a uma produção imaculada e à inclusão de mais melodia que o normal, facilmente entretêm o ouvinte por diversas escutas. Escusado será enaltecer as prestações inspiradas de todos os membros da banda cujos créditos individuais são mais que reconhecidos, mas a prestação visceral de Stephan na voz, mais uma vez, impressiona.
Apesar de nunca terem deixado de produzir, os Thanatos parecem mais motivados. “Violent Death Rituals” lembrou-me várias vezes “Revelations of Oblivion” dos Possessed pela força que carrega e dos Kreator da atualidade pelo uso de melodia, mas, em termos meramente sonoros, continuam iguais a si mesmos e fiéis ao som que ajudaram a criar.
Apesar de alguns momentos menos bem conseguidos e utilização de alguns truques demasiado comuns, “Violent Death Rituals” é mais um álbum vitorioso. A faixa que dá nome ao álbum é a melhor do disco e resume bem todo o trabalho, “The Outer Darkness” arrepia com o gelo de Immortal e “As The Cannons Fade” é tão groovy e épica como qualquer das melhores malhas de Bolt Thrower.
Nota: 8/10
Review por David Silva