Agora que o assunto do coronavírus faz parte do quotidiano, mas esperemos que não por muito mais tempo, uma das questões mais debatidas na indústria da música tem-se prendido com a adaptação dos seus intervenientes à pandemia. Nesse sentido e numa entrevista concedida ao programa "The Dark" da rádio FM94, o baixista David Ellefson deu a sua opinião sobre o futuro das digressões e da experiência da música ao vivo:
"Vai mudar, sem dúvida. Acho que todos nós acreditamos nisso. Isto não vai durar para sempre. Existirá algum tipo de vacina a dada altura - algo que mudará o rumo atual. É óbvio que ainda não estamos lá, estamos apenas entre testes, vacinas, a busca de uma cura e o que quer que advenha da parte da comunidade médica. E sim, no próximo ano, a experiência ao vivo de qualquer evento - seja na igreja, numa sala de cinema, num concerto de rock, o que quer que seja - mudará completamente. Não sei se significa que será assim para sempre, como é óbvio.
"Acho que o que acontece é que a crise também cria oportunidades. Temos todas estas plataformas digitais e todas estas coisas ao nosso redor, os nossos telefones e computadores... Acho que é engraçado ver as bandas reunidas na Internet e Skype. A verdade é que temos sido capazes de o fazer há algum tempo; parece que só precisávamos de uma crise para torná-lo repentinamente importante. Pelo menos, estamos provavelmente a utilizar as nossas tecnologias no seu todo um pouco mais do que há alguns meses. Felizmente, em vez de postarmos selfies, estamos na verdade a utilizá-las para fazer coisas que ajudam e aproximam as pessoas e que criam um senso de comunidade, e acho que esse é um bom uso da tecnologia."
Por: Bruno Porta Nova - 21 maio 20
