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Annihilator - "Ballistic, Sadistic" Review


"Ballistic, Sadistic" foi o primeiro álbum dos Annihilator que ouvi com atenção, apesar de já conhecer Jeff Waters do projecto colaborativo Roadrunner United, no qual contribuiu com excelentes solos para temas compostos por Robb Flynn (em 2005). Ora, desde que ouvi o single “Armed to the Teeth”, que abre o disco, e os próprios temas individualmente, tornou-se-me evidente que a execução dedicada a cada instrumento tocado pelo músico teve uma fasquia de exigência alta. 

Sublinhe-se que este é o terceiro registo dos Annihilator desde que o vocalista Dave Padden saiu da banda, e o quinto, salvo erro, no percurso da banda que o líder Jeff Waters assume o papel de vocalista. Sendo os solos de guitarra de Jeff Waters um dos pontos mais reconhecíveis desta banda, a voz do mesmo atinge um novo nível, lembrando Dave Mustaine (atente-se nos versos de “The End of the Lie”), assumindo a posição de frontman com uma atitude mais assertiva que em registos anteriores da banda em que já cantava.

Estamos pois perante um disco de thrash metal bastante bem executado e com temas que se destacam uns dos outros, que podiam ser todos singles de apresentação de um álbum bastante coeso no seu todo (por exemplo “The Attitude”). O baixo presente em “Psycho Ward” e “Lip Service” são apenas alguns dos pormenores que se destacam na forma como Jeff Waters abordou a gravação deste novo registo dos Annhilator, elevando-o acima dos demais discos do género thrash (atente-se igualmente no reverb, nos arpejos de guitarras na bridge de ambos temas). 

A bateria de Fabio Alessandrini é precisa e energética, acompanhando a velocidade e as variações que cada tema exige, como em “Armed to the Teeth” ou na parte final de “The End of the Lie”. Em “I Am Warfare”, os pratos no refrão são outro bom exemplo.

No seu todo, "Ballistic, Sadistic", é um disco que vale a pena descobrir, seja para ouvir os solos exímios de Jeff Waters, seja apenas para descobrir uma banda que já deixou a sua marca no metal, mas que ainda continua a dar razões para se manter relevante e entusiasmante.

Nota: 9/10

Review por Raúl Avelar